01 abr, 2016 - 09:00
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Portugal reforçou a segurança perante as referências ao país numa alegada mensagem do autoproclamado Estado Islâmico, mas a intervenção da Defesa Nacional é ainda prematura, afirma o ministro da Defesa, em entrevista à Renascença.
“Uma ameaça deste género, por credível e responsável que seja atendermos a ela, só em circunstâncias muitíssimo mais graves é que se pode falar numa possível colaboração da Defesa Nacional. Neste momento, a questão é da esfera da Administração Interna”, começa por dizer Azeredo Lopes.
“A Estratégia Nacional contra o Terrorismo foi adoptada no ano passado e esclarece quais as situações em que a articulação e a coordenação de esforços pode verificar-se, mas felizmente estamos muitíssimo longe – e espero que continuemos sempre muitíssimo longe – de esse tipo de medidas ter de ser adoptada”, acrescenta.
Em directo no noticiário das 8h00, Azeredo Lopes garantiu que Portugal está capacitado para responder à ameaça terrorista, mas sublinhou que não devemos deixar-nos levar pelo medo.
“Portugal continua a ter dois tipos de ameaças e está dotado de meios, quer de prevenção – porque é disso que se trata – quer de análise, para que essa prevenção possa ser mais eficiente. Em segundo lugar, é importante também que não percamos perante um tipo de mensagem que se destina, essencialmente, a difundir o medo”, defendeu.
Na quinta-feira, o autoproclamado Estado Islâmico divulgou uma mensagem pela primeira vez com referências a Portugal e também à Hungria. Em consequência disso, a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, admitiu um reforço das medidas de segurança.
"Hoje Bruxelas e o aeroporto belga, amanhã talvez Portugal ou Hungria", é o que diz a mensagem divulgada pelo jornal “Expresso”, sobre cuja veracidade Helena Fazenda não se quis pronunciar.