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Reportagem

​Afinal, havia outro Idalécio (ou como os Panama Papers puseram Queirã no mapa)

05 abr, 2016 - 19:46 • Liliana Carona

Nesta freguesia de Vouzela, há outro Idalécio, que está a ser confundido com o empresário citado no escândalo. “Que grande confusão!”

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O primeiro português envolvido no caso dos “Panama Papers”, Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira, é natural de Queirã. Mas na mesma freguesia de Vouzela há outro Idalécio, que está a ser confundido com o empresário citado no escândalo dos paraísos fiscais.

São dois homens registados com nomes semelhantes, na mesma freguesia, mas Idalécio Mendonça da Silva, que foi emigrante na Suíça, diz nada ter a ver com o outro Idalécio, nem com o caso.

A presidente da junta de freguesia de Queirã, Susana Outeiro, garante à Renascença que o Idalécio Oliveira mencionado nas notícias sobre os “Panama Papers” não reside naquela localidade do concelho de Vouzela “há muitos, muitos anos”. Talvez “há mais de 30 ou 40 anos”.

A Renascença falou também com a irmã do outro Idalécio, o tal que ainda vive em Queirã (e que não quer fazer comentários). “O meu irmão não tem nada a ver com esse Idalécio Oliveira, o meu irmão é Idalécio Mendonça da Silva, nem sequer ouvimos falar no Panamá, sabemos lá o que isso é”, conta Maria Fernanda, de 73 anos.

“À noite estava a ouvir o telejornal e ficámos estranhos. Ele vai processar quem pôs a casa dele na net. Que grande confusão! O meu irmão não tem dinheiro nesses bancos, nem no Panamá. Ele só tem a casa aqui”, garante.

Maria Fernanda lamenta a confusão a envolver o seu irmão, cuja casa tem sido alvo de visitas constantes de jornalistas, identificando-o como Idalécio Oliveira.

Em Queirã, já há muito que se perdeu o rasto ao empresário de Vouzela que terá tido 14 empresas com sede nas Ilhas Virgens britânicas em áreas como minério, gás natural e exploração de petróleo.

Comentários
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  • Marco Mendonça
    05 abr, 2016 Queirã 23:35
    HISTÓRIA ADMINISTRATIVA/BIOGRÁFICA/FAMILIAR Povoação muito antiga, anterior à nacionalidade. Pelas inquirições de D. Afonso III, de 1250, vê-se que D. Afonso Henriques doou a Pelágio Vezois, em 1134, o lugar de Loumão de São Miguel de Queirã. Teve foral de D. Afonso III em 1 de Dezembro de 1272. Foi vila. Desde o século XIII pertenceu ao extinto concelho de Lafões e a partir de 1852 ao actual concelho. Era abadia do padroado real, no extinto concelho de Lafões. Diocese de Viseu. Lugares da freguesia: Carregal, Carvalhal de Estanho, Igarei, Loumão, Paço, Queirã, Queirão, Quintela, Vasconha de Queirã e Vasconha da Serra. Orago - São Miguel Arcanjo. Mais informação: http://digitarq.advis.arquivos.pt/details?id=1065438
  • rosinda
    05 abr, 2016 palmela 23:24
    eu vi a casa na televisao acho ridiculo!
  • Horácio Ribeiro
    05 abr, 2016 S. Pedro do Sul 21:53
    Ainda antes da fundação do país, Queirã já estava no mapa. A incompetência da jornalista é que só agora veio à luz!!!
  • rosinda
    05 abr, 2016 palmela 21:16
    sorte malvada ao que nos chegamos ! Nao vao ao medico que nao e preciso! Eu conheço uma serie de idalecios que moram em varios sitios !Quem sabe nao e um parente que eu tenho em setubal que vende alface e morango.
  • Pinto
    05 abr, 2016 Custoias 20:46
    Com tanto vigarista é natural que os cidadãos tenham de ser sobrecarregados com impostos.

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