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Para cumprir acordo do clima, Portugal precisa de apostar mais nas renováveis

22 abr, 2016 - 16:35 • André Rodrigues

É o que defende o relator português no Painel Intergovernamental da ONU para as Alterações Climáticas.

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Portugal precisa de reforçar o investimento em energias renováveis, defende Filipe Duarte Santos, o relator português no Painel Intergovernamental da ONU para as Alterações Climáticas. O apelo surge no dia em que é assinado nas Nações Unidas o Acordo de Paris contra as alterações climáticas.

Portugal alinha na estratégia dos 28 Estados-membros da União Europeia que se comprometem com a redução de, pelo menos, 40% das emissões poluentes de gases com efeito de estufa, até 2030.

Em declarações à Renascença, Filipe Duarte Santos considera que o país "está no bom caminho", mas sublinha que "o esforço até que as metas sejam atingidas é muito considerável. Isso significa que precisamos de chegar a um volume de emissões 14% inferior àquelas que tínhamos em 1990".

Isso implica que "Portugal continue a investir em energias renováveis", prosseguindo num "esforço de promoção da eficiência energética".

Comparando Portugal com os parceiros europeus, Filipe Duarte Santos nota que o país tem “uma percentagem considerável de combustíveis fósseis nas fontes primárias de energia”, isto apesar de ter “feito grandes progressos na promoção das energias renováveis". É preciso fazer mais, porque "ao contrário de outros países, Portugal não produz nuclear, que corresponde a 14% da energia consumida no espaço europeu".

Por outro lado, este especialista em alterações climáticas sublinha que a aposta na eficiência energética "implica necessariamente uma redução do consumo de combustíveis fósseis ao nível dos transportes", que passa também pela promoção do carro eléctrico, "cuja utilização é ainda muito baixa".

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