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Estivadores de Lisboa prolongam greve até 27 de Maio

28 abr, 2016 - 17:10

Negociações de um acordo colectivo de trabalho foram suspensas no início de Abril.

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O Sindicato dos Estivadores emitiu hoje um novo pré-aviso de greve para o Porto de Lisboa, com incidência nos portos de Setúbal e da Figueira da Foz, que prolonga a paralisação até ao dia 27 de Maio.

A greve tem sido prolongada através de sucessivos pré-avisos devido à falta de entendimento entre estivadores e operadores portuários sobre o novo contrato colectivo de trabalho.

Segundo um comunicado do Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal, a greve decorre entre as 8h00 de 12 de Maio - período anteriormente definido - e as 8h00 do dia 27 de Maio, com períodos de duração diária delimitados em termos temporais e operacionais.

Os estivadores vão fazer greve a todo o trabalho suplementar em qualquer navio ou terminal, isto é, recusam trabalhar além do turno, aos fins-de-semana e dias feriados.

Sindicato e operadores estavam a negociar um acordo colectivo de trabalho desde Janeiro, mas as negociações foram suspensas no início de Abril apesar de existir consenso em várias matérias, segundo o Governo, que mediou este conflito.

"Lamenta-se que tendo conseguido a conciliação em matérias determinantes neste conflito laboral não tenha sido possível alcançar, até agora, o compromisso nas matérias que se identificaram", referiu o Ministério do Mar na altura, num comunicado.

O gabinete da ministra Ana Paula Vitorino explicou que "não foi possível obter um acordo entre as partes quanto à forma de progressão na carreira (se baseada no mérito ou efectuada de forma automática), nem sobre a organização e o planeamento da actividade portuária (se feita por trabalhadores portuários ou pelos responsáveis pela gestão portuária)".

Inicialmente, foi definido o prazo de final de Fevereiro para que as partes pudessem fechar um acordo colectivo de trabalho no Porto de Lisboa, depois de, a 8 de Janeiro, os estivadores e os operadores terem chegado a uma base de entendimento, que levou à retirada imediata dos pré-avisos de greve.

O jornal "Público" adianta esta quinta-feira que a reunião entre as partes em confronto para fixar serviços mínimos durante a greve, que teve lugar na quarta-feira, também terminou sem acordo, pelo que será o Governo a decretar os serviços mínimos por despacho.

Comentários
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  • Pinto
    24 mai, 2016 Custoias 22:23
    Estes homens são o exemplo da honra, carácter, força e honestidade, não se deixam dobrar nem escravizar como faz a maioria daqueles que dia a pós dia criticam e cada vês estão mais pobres.
  • Alberto Sousa
    28 abr, 2016 Portugal 19:58
    Mais uma vez reitero o que sempre digo: despedimento coletivo e recomeço do zero. Fica mais barato e acaba-se com a palhaçada dos sindicatos que em tudo querem mandar sem olhar aos enormes prejuízos que causam ao país (economicamente e reputacionalmente) na "defesa" dos trabalhadores que não passa da defesa dos seus próprios tachos e "manobras".
  • Pedro
    28 abr, 2016 Lisboa 19:05
    Governo de esquerda no poder, crescimento a descer , greves a aumentar e tudo o que poupamos a desaparecer (poema do PS, BE, PCP e amigos)

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