Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Greve dos estivadores ameaça abastecimento alimentar, alertam empresários

28 abr, 2016 - 22:02

Director-geral da FIPA considera urgente garantir a alimentação dos animais nas explorações e alerta que em algumas moagens mais pequenas estão em “grandes dificuldades” para adquirir trigo panificável.

A+ / A-

O abastecimento alimentar ao país pode ser posto em causa se continuar a greve dos estivadores nos portos de Lisboa e Figueira da Foz, alerta a Federação da Indústria Portuguesa Agroalimentar (FIPA).

Em declarações à Renascença, o director-geral da FIPA, Pedro Queirós, diz que é urgente garantir a alimentação dos animais nas explorações e alerta que em algumas moagens mais pequenas estão em “grandes dificuldades” para adquirir trigo panificável.

Pedro Queirós sublinha que, no limite, o pão pode começar a faltar em algumas padarias e elogia o facto de o Governo ter decretado serviços para a greve dos estivadores.

Alimentos, animais vivos, medicamentos, produtos deterioráveis e peças sobressalentes para equipamentos de primeira necessidade têm que ser sempre objecto de carga ou descarga dos navios.

Por outro lado, os estivadores têm que fazer a movimentação da carga de dois navios, de cinco em cinco dias, destinados às regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Pedro Queirós alerta ainda para os impacto que a paralisação dos estivadores, que se prolonga há vários meses, tem para as empresas e para a economia do país.

“As empresas começam a entrar em incumprimento com prazos que têm estabelecidos com clientes no exterior. Um país que tem feita das exportações uma bandeira corre o sério risco de começar a perder clientes no exterior.”

Correm também o risco de não poder cumprir contratos de abastecimento com a distribuição a nível nacional porque não podem descarregar as mercadorias e vêm os seus custos aumentar para desviar os produtos para o porto de Leixões, sublinha o director-geral da FIPA.

O Sindicato dos Estivadores anunciou esta quinta-feira o prolongamento da greve no porto de Lisboa até dia 27 de Maio. O Governo já decretou serviços mínimos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Pinto
    24 mai, 2016 Custoias 22:37
    Em Leixões dividiram o mal pelas aldeias e todos ganham, mesmo havendo muita injustiça, insegurança laboral.
  • Pinto
    24 mai, 2016 Custoias 22:19
    Este povo que é explorado e escravizado dia após dia devia dizer basta! E juntar-se de uma vês por todas a estes homens, nem que haja fome, para acabar de vês com a corrupção, burlas e crimes económicos praticados pela elite deste país que tudo pode em tudo manda.
  • Ramiro Ribeiro
    05 mai, 2016 Setubal 10:01
    Perante a ameaça dos Criminosos Grevistas que se apossaram dos nossos Portos Marítimos ameaçando matar à fome milhares de animais, gostaria de saber por onde andam os que se dizem seus protectores assim como as autoridades deste país??? De costas e olhos fechados!! Penso eu.
  • Artur Mendes
    30 abr, 2016 Braga 14:20
    boa tarde a todos é lamentável esta situação e na minha opinião acho que todo o funcionário publico que ganhe mais de 1000 euros por mesa e faz greve devia ser despedido automaticamente sem indeminizacao pois e fazer pouco de nos como eu que recebo 520 euros por mês .
  • 29 abr, 2016 LISBOA 09:15
    COLOQUEM LÁ AS FORÇAS ARMADAS MUDEM O NOME ÀS EMPRESAS E DESPEÇAM ESSES PARASITAS QUE GANHAM ACIMA DA MÉDIA E QUE DESDE HÁ MUITOS ANOS QUE FORAM SEMPRE UMA CAMBADA DE PARASITAS!!!! CONHECI MUITOS MAS MUITOS QUE PASSAVAM SEMANAS INTEIRAS E RECEBER E BEM SEM FAZEREM NADA, MAS MESMO NADA!!!! SEI DO QUE FALO!!!!!
  • Diogo
    29 abr, 2016 Funchal 03:30
    Inacreditável colocar-se em risco os interesses essencias de uma nação (alimentação) pelos interesses salariais de alguns. Os serviços mínimos decretados deveriam ser bem mais abrangentes. Há muita gente a querer trabalhar que pode muito bem substituir os estivadores atuais, talvez até trabalhando bem melhor. Para mim é uma greve que merece a censura de todo o país. Os serviços mínimos deveriam ser pelo menos 90% das operações agendadas, obrigatoriamente.
  • Pinto
    29 abr, 2016 Custoias 00:33
    Têm o Alentejo para semear cereais, isto de estar sempre dependente dos outros é uma forma de pôr o país sempre dependente. Houve dinheiro para abater barcos de pesca, acabar com industrias e agricultura, não está na hora de pôr o RSI a trabalhar?
  • pindorica
    29 abr, 2016 lisboa 00:20
    Como é que esta gajada vive se está sempre em greve?
  • Tozé Mirolho
    28 abr, 2016 Província 23:17
    Os comunitários não descansam enquanto não nos puserem a todos a pão e água como em Cuba ou como na Venezuela .
  • O Tal
    28 abr, 2016 Por Aí 23:15
    Mudem para o porto de Sines ou Leixões e fechem o porto de Lisboa, quanto aos selvagens das greves, que vão para porta bandeiras em manifestações da CGTP.

Destaques V+