04 mai, 2016 - 09:35
A maioria dos sinais que temos na pele não constituem factor de risco, mas há outros que não podem ser ignorados.
“A ferida que não cicatriza, uma escama que aparece e que cai – sobretudo em zonas expostas como a face ou o dorso das mãos, principalmente nas pessoas que andam muito ao ar livre – um sinal novo, sobretudo se é escuro; que era redondo e começou a ficar irregular; que era de uma cor e começou a ficar com várias cores ou, de repente, muito escuro” – são mudanças que não devem deixar ninguém indiferente e que devem ser analisadas pelo médico, alerta o secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC).
Osvaldo Correia sublinha ainda que, tão importante quanto o autoexame e os rastreios periódicos são as precauções com o sol.
“A pele memoriza os efeitos de agressão, que as pessoas associam só à praia, mas que pode ser num desporto ou profissão ao ar livre”, avisa, afirmando como exemplo de uma agressão à pele o escaldão.
Mais casos de melanoma
Só este ano, a APCC prevê que sejam diagnosticados 12 mil novos casos de cancro de pele em Portugal, mil dos quais do tipo melanomas, que pode ser fatal.
No ano passado, 1.600 pessoas participaram no rastreio de 11 de Maio, Dia do Euromelanoma, promovido pela associação. Uma em cada cinco tinha lesões de risco (333 pessoas).
A boa notícia é que cada vez mais é o próprio doente que tem suspeitas e toma a iniciativa de ir ao médico. “Em 65% dos casos, o próprio paciente já suspeitava. O reconhecimento das lesões de risco é de extrema importância”, refere Osvaldo Correia, secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo.
Este ano, 44 serviços de todo o país participam no rastreio gratuito ao cancro de pele. Há 16 anos que existe um dia dedicado à mensagem do auto-exame e do diagnóstico precoce de vários tipos de cancro de pele. Esse dia é 11 de Maio.
Pode consultar a lista onde pode fazer o rastreio aqui: www.apcancrocutaneo.pt