04 mai, 2016 - 18:54 • Celso Paiva Sol
A operação “Careto 2” da Polícia Judiciária, de combate à criminalidade informática, terminou com a constituição de 14 arguidos.
Em causa está um inquérito já com dois anos para onde estão a ser canalizados todos os ataques informáticos que se têm registado.
É a mesma investigação que o Ministério Público lançou em Abril de 2014 como resposta a um ataque informático de que foi alvo a Procuradoria-Geral da República.
Ao todo, nestes dois anos, o inquérito já soma quase 40 arguidos, sendo que oito deles estão sujeitos a medidas de coacção mais apertadas, uma vez que chegaram a ser detidos o ano passado.
Os alegados crimes cometidos têm sido basicamente os mesmos: sabotagem informática, dano informático e acesso ilegítimo e as vítimas também – diversos organismos do Estado, que vão desde a própria Polícia Judiciária a vários Ministérios, mas também grandes empresas públicas e privadas.
Os últimos casos registados foram nos passados dias 25 de Abril e 1 de Maio, num dos casos ao programa informático Citius, do Ministério da Justiça.
Os suspeitos estão espalhados por todo o país, alguns conhecem-se pessoalmente, outros apenas de forma virtual, e em comum têm a prática do chamado “hacktivismo”.
Na operação desta quarta-feira, a Polícia Judiciária realizou 16 buscas – noutras tantas residências de suspeitos - e constituiu 15 arguidos. Só ficou de fora um menor, com 15 anos de idade.
As buscas realizaram-se na cidade de Lisboa e em vários locais da margem Sul do Tejo – como por exemplo o Barreiro, mas também no Grande Porto e em Braga.