09 mai, 2016 - 09:13
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Os portugueses mais carenciados ficaram 25% mais pobres durante os anos em que decorreu o programa de ajustamento financeiro. Entre os mais ricos, o impacto da crise foi bem menor, revela à Renascença o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza.
“Verificou-se uma pobreza generalizada em todo o país e em todos os sectores. É claro que nos mais ricos foi menor, foi de 5%, e nos mais pobres de 25%”, indica o padre Jardim Moreira.
Aumentaram as assimetrias e, de acordo com o estudo que a Rede Europeia Anti-Pobreza apresenta esta segunda-feira, as instituições de solidariedade social também viram emagrecer os seus orçamentos, ao ponto de algumas terem de se endividar.
“As instituições, não tendo receitas, tiveram de emagrecer também as suas respostas, porque o dinheiro não chega. Algumas tiveram de se endividar, outras gastaram o que tinham, outras recorreram a voluntariado ou a patrocínios de gente e instituições que pudessem apoiar as despesas, para poderem manter a sua instituição aberta”, afirma o padre Jardim Moreira.
O estudo "Impacto social e institucional da crise económica e financeira” vai ser apresentado num encontro de associados, em Santarém.