14 mai, 2016 - 13:33
Numa altura em que varias sociedades atravessam períodos conturbados, Ana del Pino, secretária-geral da federação europeia “One of Us”, que defende os valores da vida, considera que é urgente que as organizações se juntem para marcar presença nos debates políticos e culturais sobre práticas que atentam contra a vida.
“O debate está dentro de um debate de carácter mais amplo, que, todos percebemos, é de carácter cultural e que é um debate que vivemos hoje e que vamos viver nos próximos tempos. Todos estamos conscientes disto. É verdade que vivemos um momento histórico muito conflituoso e de muita dificuldade para a nossa sociedade. Há alturas em que lhe falta uma grande dose de serenidade, de equilíbrio e de humanidade”, considera.
É preciso criar e consolidar uma corrente de opinião em defesa da vida, defende Ana del Pino sublinha que matérias como o aborto, eutanásia e até a maternidade de substituição têm sido abordadas de forma errada, porque não se trata de uma matéria privada ou de lei, mas sim da própria democracia.
“Quando falamos do direito à vida, não estamos a falar de um direito que afecta a moral privada, não estamos a falar de uma questão que afecta os direitos e as liberdades públicas, constitucionalmente reconhecidos; estamos a falar de uma questão que afecta a própria essência da democracia”, afirma ainda Ana de Pino.
“Estamos a falar do cimento fundamental sobre o qual se deve sustentar qualquer democracia, que é a defesa da vida humana. Estamos aqui para afirmar que defender o direito à vida do nascituro, do idoso, do incapacitado, do doente, é uma verdade que faz parte do cimento fundamental de qualquer democracia.
”É uma questão de justiça social e não de moral sexual, como nos pretendem fazer crer”, declara a secretária-geral da federaçao europeia “One of Us”.