13 mai, 2016 - 19:00
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O cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, espera que a polémica sobre contratos de associação “chegue a bom porto” e faz um apelo ao diálogo que faltou numa fase inicial.
Em declarações aos jornalistas à margem da inauguração das novas instalações do Grupo Renascença Multimédia, em Lisboa, D. Manuel Clemente fala em “expectativas goradas” por parte dos colégios que recebem apoios estatais e admite que faltou diálogo num primeira fase.
“Esses colégios e essas iniciativas educativas até pensaram que podiam continuar a exercê-lo mesmo que depois, eventualmente, deixassem de contar com apoios. Mas era para durar três anos. Agora, pelo menos em relação a novas inscrições isso ficou obviado e as expectativas foram goradas.”
Pelo menos, referiu o cardeal patriarca de Lisboa, “devia-se ter conversado, com calma, ponderado tudo o que estava em jogo”.
D. Manuel Clemente lembra que “estamos a falar de muitas famílias, estamos a falar de muitos professores, estamos a falar de muita gente que estava dentro deste projecto educativo”.
“Com certeza, eu espero ainda e tenho ouvido declarações mais recentes da parte de governantes que me parecem também mais ponderadas e mais dialogantes que cheguemos a bom porto”, concluiu o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
D. Manuel Clemente foi uma das personalidades presentes na inauguração das novas instalações do Grupo Renascença Multimédia, juntamente com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa; o primeiro-ministro, António Costa; o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues; o líder do PSD, Passos Coelho; a líder do CDS, Assunção Cristas; o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes; o ex-líder da CGTP Carvalho da Silva, o núncio apostólico, Rino Passigato; e muitas figuras do clero.