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Atenção! Há entidades a extorquir dinheiro a famílias sobreendividadas

17 mai, 2016 - 07:17 • Fátima Casanova

Prometem resolver a situação e algumas querem logo algumas centenas de euros para iniciar o processo. Outras pedem dinheiro quando o processo está em andamento e os valores variam entre os dois e os três mil euros.

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Há entidades no mercado que tentam extorquir dinheiro para resolver a situação dos sobreendividados. As quantias podem ascender a vários milhares de euros, denuncia a Deco.

Neste cenário, famílias em dificuldades financeiras vêem a sua situação agravar-se depois de contactarem empresas que prometiam ajudar através de soluções fáceis.

Umas querem logo algumas centenas de euros para iniciar processo. “Muitas vezes estas promessas apenas pretendem levar as famílias a fazer um pagamento para uma suposta avaliação da situação, mas aquilo que se verifica, na maior parte da vezes, é que depois desta fase, aquela promessa inicial feita - de que se ia resolver a situação - já não é possível, mas entretanto a família já pagou determinados valores que variam entre os 80 e os 300 euros”, descreve Natália Nunes, a coordenadora do Gabinete de Apoio ao Sobreendividado.

Noutros casos, estas entidades pedem dinheiro quando o processo já está em andamento e os valores chegam variam entre os dois e os três mil euros. “Muitas vezes estas famílias são aconselhadas a entrar em incumprimento relativamente às suas responsabilidades – deixarem de pagar os seus créditos – para que este dinheiro seja destinado ao pagamento destes encargos”.

A Deco está agora a investigar os anúncios publicitários. Natália Nunes avisa que as promessas de resolução fácil não são para ser levadas a sério. “Um elemento que devem ter em conta é que quando existe informação negativa no Banco de Portugal dificilmente se conseguirá obter um crédito, por outro lado, não há informação clara de quem é a entidade e onde são as suas instalações”, alerta.

A Associação de Defesa do Consumidor, que já avançou com participações junto do Banco de Portugal e da Direcção Geral do Consumidor, e pondera também avançar com uma queixa junto do Ministério Público.

O banco central, em resposta à Deco e Renascença, afirma não ter competência para se pronunciar sobre os anúncios, que visam a promoção da actividade de intermediação de crédito.

Comentários
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  • viva a liberdade!
    17 mai, 2016 Santarém 21:32
    De facto com esta democracia perdeu-se a dignidade e o respeito, agora vale tudo e cada qual que se safe consoante puder e entender e pior do que isso em nome da liberdade esta gente manobra-se como muito bem entende e lhe apetece o que nos dá cada vez mais prazer viver num país assim.
  • fernando coutinho
    17 mai, 2016 castanheira do ribatejo 15:05
    É verdade o que esta reportagem descreve eu sou testemunha disso foi pelo menos a duas entrevistas e é esta reportagem descreve, tenho e-mail que comprovam nome das entidades e contatos mas um anjo me disse que era tudo tão fácil e assim sendo fui por um caminho mais difícil com ajuda do banco de Portugal resolvi o problema que me fez contatar essas pessoas que ajudam as pessoas ficar piores que nossa justiça tenha mão passada e que governo português ajude os endividados que foram atraídos por dinheiro fácil em publicidade que todos os segundos estam presentes nas nossas vidas
  • Jorge
    17 mai, 2016 Maputo 11:19
    Isto é um Pais a saque quem mais roubar melhor fica. Justiça, saúde, educação e respeito pelo próximo é uma miragem. Volte Drº Oliveira Salazar parece que afinal o Srº era um menino ao pé destes bandidos que tomaram o Pais de assalto.
  • fernando silva
    17 mai, 2016 Coimbra 11:05
    Em Portugal as noticias repetem-se dum modo rotineiro mas nunca acontece nada aos criminosos e corruptos enquanto aos gatunos da banca se permite auferirem chorudas pensões e manter o que roubaram . As leis são feitas para eles e a justiça pertence-lhes. Por isso, vergonhosamente Portugal mantém o terceiro lugar entre os países mais corruptos da Europa e os portugueses figuram entre os mais mal pagos. POrtugal,visto de fora como eu vejo porque tenho os filhos, todos formados, a trabalhar no estrangeiro, é de facto uma anedota, algo incompreensivel, e indigno . Talvez a imagem um jardim zoológico onde o mais forte come o mais fraco ,uma verdadeira selva irracional
  • Augusto Saraiva
    17 mai, 2016 Maia 10:22
    Só falta aqui aquele humorista angolano para dizer «GENTE BURRA!!!»...
  • aires dias
    17 mai, 2016 Montijo 10:16
    Estou numa situação dessas já gastei mais de 3000 euros com promessas de perdão de dívida na ordem dos 80 a 90% e continuo por resolver os meus problemas.
  • Maria
    17 mai, 2016 10:10
    E a DECO, não concedia créditos, não tinha acordos com alguns bancos, recebendo comissões, consolidando créditos e fazendo uma verdadeira actividade de mediação financeira? Se o processo já está a andar é fraude o cliente pagar o serviço?
  • M.MAIA
    17 mai, 2016 MAIA 10:10
    Subscrevo o comentário da Beatriz. Todos os dias tenho de enviar para o lixo, sem ler, muitas mensagens enviadas para o meu mail, entre elas algumas da ditas mensagens. Seria interessante que a Deco ou outra entidade, divulgasse o nome dessas empresas, alertando os "incautos-aflitos-desesperados", para a vigarice que os espera. Seria igualmente interessante, saber quais as empresas "honestas" que vendem dados pessoais, entre eles os endereços de e-mail, fazendo com que diáriamente sejamos bombardeados com ofertas e anúncios.
  • Nyno
    17 mai, 2016 Coimbra 09:57
    O mais util a fazer seri
  • António Pereira
    17 mai, 2016 Parada de Cunhos 09:49
    Há uma coisa que não entendo.As familias estão sobreendividadas,mas arranjam entre 80 e 300€,ou então entre dois ou três mil euros,para dar a estes gatunos.Sinceramente este meu povo não pára de me surpreender.Aonde vão arranjar estes valores se não têm dinheiro?As histórias da DECO surpreendem-me sempre

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