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Cordão humano contra exploração de petróleo no Algarve

28 mai, 2016 - 17:54

Manifesto vai decorrer a 11 de Junho em Aljezur.

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O Movimento Algarve Livre de Petróleo vai realizar um cordão humano de protesto contra a exploração de petróleo no mar ao largo de Aljezur, a 11 de Junho, em frente à Câmara Municipal da localidade.

Constituído por um autodenominado "grupo de cidadãos apartidários" que se opõe à exploração de hidrocarbonetos na região do Algarve, quer no mar quer em terra, o Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP) considera, em comunicado, que é "inaceitável" o Estado e o Governo português "avançarem à socapa para uma consulta pública com o objectivo de decidir da autorização da prospecção de petróleo ao largo das praias do Alentejo e do Algarve".

Isto acontece, segundo o Movimento, depois de "as vozes dos principais representantes da região se terem posicionado de forma clara e contundente contra a exploração de petróleo e gás natural na região do Algarve".

"O Movimento Algarve Livre de Petróleo faz assim um apelo lancinante para que as principais forças vivas das regiões do Algarve e do Alentejo, autarcas, empresários do turismo e da pesca, representantes do sector imobiliário, sindicatos, movimentos sociais, associações ambientais, partidos políticos, cidadãos nacionais e estrangeiros, se juntem em frente à Câmara Municipal de Aljezur para mais uma vez afirmarmos em conjunto um rotundo não à exploração de petróleo e gás natural no mar e nas terras do Algarve", apelou o MALP.

O Movimento pretende, também, com este protesto, "sensibilizar toda a população portuguesa" para "participar activamente na consulta pública que o Estado português vai fazer até 22 de Junho", reunindo "bons argumentos" para "travar a barbárie que se adivinha para o Algarve e para a região litoral do Alentejo" com a prospecção e exploração de hidrocarbonetos.

O MALP apelou ainda a quem pretende participar no cordão humano para que leve "um cartão vermelho" e mostre assim "a sua reprovação moral ao concessionário ENI/GALP", candidato aos contratos de prospecção e exploração de hidrocarbonetos sujeitos a consulta pública até 22 de Junho.

Após o cordão humano, o MALP vai promover uma consulta popular e colocar à votação a demissão de Paulo Carmona, da Entidade Nacional do Mercado de Combustíveis (ENMC), "por considerar que as suas intervenções no espaço público não se têm orientado pela defesa do interesse público e da vida das populações" dos territórios afectados e "parece mais interessado em defender a exploração de hidrocarbonetos em Portugal".

O MALP é uma das estruturas criadas no Algarve para combater a prospecção e exploração de hidrocarbonetos na região.

Além deste movimento constituído por "cidadãos apartidários", a luta contra a prospecção e exploração de petróleo e gás natural tem também sido realizada pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP), que agrupa um conjunto de associações ambientalistas e de defesa do património, com protestos de rua, petições à Assembleia da República ou sessões de esclarecimento à população.

Comentários
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  • maria teresa street
    30 mai, 2016 loule 21:41
    Ainda ninguém disse o essencial: a receita turística fica toda em Portugal e a do gás e do petróleo, a haver, iria em 97% para fora, para as emporesas petrolíferas e para o Sousa Sintra!
  • Luís
    29 mai, 2016 Lisboa 15:46
    Todos aqueles que aprovam a exploração de petróleo/gás no Algarve e na sua costa 3 estão a par dos respetivos efeitos secundários? As consequências que a fratura hidráulica tem nos recursos hídricos ou seja a contaminação de lençóis freáticos por variadíssimas substâncias; A emissão contínua de ulta-sons que promovem alterações na fauna marítima que ainda vai sendo um dos recursos mais importantes do Algarve, pois sem ela não há pescadores. E um sem fim de outros efeitos secundários que uma página não chegava, mas acima de tudo a questão das renováveis. Em que os países mais desenvolvidos andam a tudo fazer para se livrarem da Petrol-dependência e investem (e desenvolvem-se com base) nas fontes de energias renováveis para conseguirem diminuir as emissões e efetivamente descarbonizarem a economia de uma maneira geral. O nosso ministro do Ambiente discursava, no final de Março, na reuniões da ONU, que antecederam a Cimeira de Paris, a dizer que o nosso país se encontrava na linha da frente para diminuir emissões, na senda das energias renováveis, para descarbonizar a economia, e agora vamos em pleno século XXI, quando os países desenvolvidos se andam a esquivar do petróleo, nós vamos nos embrenhar nele...??? Isso só faz sentido pra quem tem visão curta.
  • Luís
    29 mai, 2016 Lisboa 14:25
    Todos aqueles que aprovam a exploração de petróleo/gás no Algarve e na sua costa tão a par dos respetivos efeitos secundários? As consequências que a fratura hidráulica tem nos recursos hídricos ou seja a contaminação de lençóis freáticos por variadíssimas substâncias; A emissão contínua de ulta-sons que promovem alterações na fauna marítima que ainda vai sendo um dos recursos mais importantes do Algarve, pois sem ela não há pescadores. E um sem fim de outros efeitos secundários que uma página não chegava, mas acima de tudo a questão das renováveis. Em que os países mais desenvolvidos andam a tudo fazer para se livrarem da Petrol-dependência e investem (e desenvolvem-se com base) nas fontes de energias renováveis para conseguirem diminuir as emissões e efetivamente descarbonizarem a economia de uma maneira geral. O nosso ministro do Ambiente discursava, no final de Março, na reuniões da ONU, que antecederam a Cimeira de Paris, a dizer que o nosso país se encontrava na linha da frente para diminuir emissões, na senda das energias renováveis, para descarbonizar a economia, e agora vamos em pleno século XXI, quando os países desenvolvidos se andam a esquivar do petróleo, nós vamos nos embrenhar nele...??? Isso só faz sentido pra quem tem visão curta.
  • Fausto
    29 mai, 2016 Lisboa 09:50
    No Algarve não existe petróleo nenhum lá andam outra vez os portugueses a sonhar com a arvore das patacas por causa de meia dúzia de xicos espertos, existe é cal com fartura isso sim e alfarroba que é boa para combater a ferrugem...
  • Nuno
    29 mai, 2016 beja 09:40
    Sabiam que durante pelo menos alguns 20 anos, Portugal não vai ganhar um único cêntimo com a exploração do petróleo e gás natural uma vez que o lucro vai todo direitinho para o bolso dos investidores privado, e que ainda por cima irão ter isenção de impostos para poder explorar o nosso país? Sabiam que independentemente de haver ou não petróleo, Portugal continuará a comprar ao preço de mercado? Sabiam que, se calhar daqui a 20 anos o consumo de petróleo será muito residual? Se assim for, em que medida o nosso país ganha alguma coisa com isso? Valerá a pena arriscar talvez a única coisa que vai sustentando este país, o turismo?? Já agora, o preço dos combustíveis não irá descer uma vez que quem define o preço é o mercado e não o estado português.
  • marques
    29 mai, 2016 pombal 08:35
    Nao se esqueçam se ouver petrolio !!! mais tarde ou mais cedo acabamos como angola ou serie à muitos vigaristas em portugal nao exixste tribunais so curuptçao CASO BES etc etc nao tenho palavras enquanto nao houver justiça verdadeira roubos roubos cada vez mais liberdades para esse ladroes quem paga nos pequenos os portugueses nao fazem frente ....
  • desatina carreira
    29 mai, 2016 queluz 08:28
    Portugal adora viver na pobreza
  • dino
    29 mai, 2016 faro 08:05
    Meia dúzia de gatos pingados formam um cordão humano?
  • antonio marto
    29 mai, 2016 lisboa 06:44
    Se calhar os que querem lutar contra a exploração do petróleo são os mesmos "progressistas" que lutam pela institucionalização da PROSTITUIÇÃO ,pela mudança de sexo em crianças a partir dos dezasseis anos e, ainda pela renegociação da dívida publica, contra a vontade dos credores. Isto sim. Isto é que melhoraria o nosso nivel de vida. Miseráveis
  • renato
    29 mai, 2016 Sines 04:26
    Se fossem inteligentes sabem que as explorações offshore nao sao visiveis da praia, logo nao tem impacto, as onshore, sao vedadas e de acesso interdito!!! logo nenhum problema por aqui... se acham que o risco de ocorrerem desastres naturais aumenta, é verdade sim, mas quando vemos a existirem problemas, é sempre em aguas ultra profundas... onde já viram problemas onshore? digam-me um caso e calo-me... nao se esquecam que o algarve está na entrada do mar mediterraneo, todas as semanas passam inumeros petroleiro ao largo da costa, que podem ter problemas, e encher as praias do norte de africa e sul de portugal e espanha de petroleo em algumas horas... entao nao vao contra isso tambem? eu sei... temos este pessoal "verde" que só olha para fazer barulho, e ter o momento deles na tv... as vezes se fossem preocupar-se com o que realmente importa... para portugal era uma independência, as petroliferas fazem o investimento e vendem o crude, e portugal recebe comissao disso tudo, sem investir nenhum. é preferivel obter dinheiro nesta forma, do que andar sempre a meter impostos ao ze povinho. só nao ve quem nao tem olhos.

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