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Milhares em defesa dos contratos de associação

29 mai, 2016 - 16:23

“Onda amarela” juntou cerca de 40 mil pessoas junto à Assembleia da República, em Lisboa,

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Milhares manifestam-se em defesa dos contratos de associação
Milhares manifestam-se em defesa dos contratos de associação

A organização faz um balanço muito positivo do protesto que juntou milhares de pessoas em Lisboa em defesa dos contratos de associação. O movimento "Em Defesa da Escola Ponto" diz que a manifestação deste domingo frente à Assembleia da República “excedeu as melhores expectativas”.

“Foi uma manifestação enorme de apoio a esta causa, mais de 40 mil pessoas, e foi impressionante a sua força e a sua adesão. As pessoas entendem que só temos um objectivo: lutar pelos nossos alunos e por uma escola de qualidade, todas as escolas de qualidade”, disse Manuel Bento. “Espero que tenha sido uma demonstração da nossa força e da nossa razão para com o Executivo”, acrescentou.

O porta-voz da organização deixa um apelo ao Ministério da Educação: não pode ficar indiferente perante este protesto. “Espero que o Ministério da Educação entenda que não se pode tomar atitudes totalitárias, sem conversar com as escolas. Nós no dia 20 de Agosto assinámos um contrato e esse contrato é para abrir turmas durante três anos. Vir-se dizer que os contratos não são para cumprir não é admissível e a prova de que não é admissível foi a resposta que as famílias deram. Peço à senhora secretária de Estado e ao senhor ministro que venha à mesa das negociações, aceite a vontade das famílias”, refere.

A manifestação em Lisboa juntou pais, alunos, professores de escolas de vários pontos do país, quase todos vestidos de amarelo, num protesto onde marcaram presença também algumas figuras políticas dos partidos mais à direita. Casos do deputado do PSD, Duarte Pacheco, do ex-ministro da Segurança Social Pedro Mota Soares, do CDS, e também da deputada centrista Ana Rita Bessa que, em declarações à Renascença, lembra que o seu partido tem feito um esforço para que esta questão seja discutida com razoabilidade e com abertura do Ministério da Educação a uma solução de consenso.

Milhares de manifestantes estiveram concentradas frente ao Parlamento, em Lisboa, num protesto que trouxe pessoas de Norte a Sul do país numa acção contra as alterações aos contratos de associação que o Governo actual quer aplicar.

"A escola do Estado sai-nos cara" ou "onde não há escolha não há liberdade", foram algumas das frases lidas nos cartazes exibidos pelos manifestantes.

Em comum, a maioria das pessoas tem o facto de estarem vestidas de amarelo, a cor escolhida pelo movimento em defesa dos colégios privados e cooperativos. Quase todas as pessoas têm um cravo amarelo na mão, ao mesmo tempo que vão gritando palavras de ordem, tocando buzinas e bombos, numa acção de protesto bastante ruidosa.

A manifestação começou às 15h00 na Avenida 24 de Julho, quando se inicia a Avenida D. Carlos, e seguiu até ao Parlamento.

Os bispos portugueses anunciaram o seu apoio à manifestação organizada pela Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), marcada para domingo. Em comunicado, o conselho permanente da Conferência Episcopal Portuguesa coloca-se ao lado "desta e outras iniciativas que, com ordem e civismo, defendam a liberdade dos pais escolherem a escola e os projectos educativos que querem para os seus filhos".

O protesto surgiu na sequência dos cortes anunciados nos contratos de associação com as escolas do ensino particular e cooperativo.

A associação que representa estes colégios apresentou, nas últimas horas, um parecer do Tribunal de Contas, que sustenta a ideia de que os contratos de associação são válidos por três anos e que, durante esse período, as escolas podem abrir novas turmas.

Mas o Ministério da Educação contrapõe e diz, em comunicado divulgado este sábado, que a AEEP está a fazer um uso abusivo de um documento interno daquele tribunal. O director executivo da associação já respondeu e afirma que o Governo está a ver mal as coisas.

O gabinete do ministro Tiago brandão Rodrigues já anunciou mesmo que vai solicitar ao Tribunal de Contas um esclarecimento formal sobre este assunto.

[actualizado às 19h00]

Comentários
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  • Luís Manuel
    13 jun, 2016 Leiria 12:00
    O desmame é sempre doloroso. O polvo amarelo tem te muitas ventosas.
  • José
    31 mai, 2016 Braga 16:20
    Então, eu sugiro que o “Movimento em Favor da Escola Publica” também saía à rua...E desta forma, ficaremos a saber de que lado está a maioria da população Portuguesa…Para todos aqueles, que pesam que esta situação se deve, ao Srº Mário Nogueira e a FENPROF , ficaram totalmente elucidados, que a maioria da população é contra estes contratos, e que eu saiba não são todos filiados na FENPROF,. Será que a cegueira partidária e o egoísmo não vos deixa ver a realidade...
  • Rui Morais
    30 mai, 2016 Lisboa 17:21
    40 Mil ? E a quantidade de pessoas que estava no Rockin Rio no Domingo er am certain de 65 Mil Vejam as diferenças nas fotos.
  • Armindo Ramos
    30 mai, 2016 Lisboa 17:15
    A liberdade de escolha da escola para os nossos filhos/netos não se faz da forma como está Estabelecido nos Contratos de Associação. A meu ver os Contratos Simples e Desenvolvimentos, defendem mais essa liberdade de escolha. É que estes Contratos atribuem diretamente às famílias o apoio financeiro à educação dos seus educandos, enquanto os de Associação atribuem diretamente a algumas escolas subsídios. A Escola não deve ser subsidia mas sim as famílias para poderem livremente fazer as suas escolhas. Esta é a verdade que estes Colégios não querem discutir, mantendo privilégios à custa dos contribuintes. CONCORDO COM D. MANUEL QUE ESTE PODERÁ SER UM MOMENTO DE REFLEÇÃO PARA A VERDADEIRA LIBERDADE DE ESCOLHA DA ESCOLA QUE QUEREMOS PARA OS NOSSOS FILHOS/NETOS.
  • Armindo Ramos
    30 mai, 2016 Lisboa 16:47
    DO QUE SE TRATA É O SEGUINTE: Porquê que estes colégios não estão interessados nos Contratos Simples e Desenvolvimento? è que nestes os pais podem ter apoio financeiro à educação dos seus filhos. Nestes contratos o Estados subsidia a educação diretamente aos pais enquanto os da Associação o Estado subsidia esta elite diretamente aos colégios. Já perceberam porque manipulam os donos destes colégios os pais e a comunicação social ao serviço desta elite. Mais temos uma AEEP (associação dos colégios), formada por esta elite.
  • Milhares, foram!
    30 mai, 2016 pt 14:34
    Mas não 40 mil, como noticiaram os media que os sustentam, na informação! Para o espaço que ocuparam, se fossem 40 mil, teriam que, por metro quadrado, estarem cerca de 10 pessoas! Como é possivel? Só espremidos ou invisiveis! Pelas imagens que se viu, a maioria era do colegio de Lamas!...
  • Viajante
    30 mai, 2016 Portugal 12:20
    Milhares???Onde?São aquelas fotografias e vídeos feitos de ângulos interessantes para dar a entender que são mais pessoas do que realmente são. O jornalismo português nunca foi nada de especial mas nestes últimos 5 anos é uma vergonha!Muito dinheiro tem a direita para comprar tanto jornalista corrupto!
  • Ó joão lopes
    30 mai, 2016 lx 11:49
    em Viseu, Esse raciocinio é da treta! Todos os cidadãos pagam impostos e muitos também não têm filhos, portanto, por essa logica, deveriam deixar de os pagar!... Pelo seu raciocinio vê-se a sua mentalidade anti social e de maledicencia! Cada cavadela cada minhoca!
  • Joao Oliveira
    30 mai, 2016 Queluz 03:56
    Instrumentalizar a Presidência da República, instrumentalizar o Tribunal de Contas, manipular crianças , eis o retrato deste movimento. Qualquer cidadão que respeite as instituições da democracia, e que seja avesso á utilização de crianças , com objectivos políticos, se pode querer distância desta gente .
  • rosinda
    30 mai, 2016 palmela 01:27
    por acaso o nosso pais e justo com as crianças? Vou dar um exemplo uma criança nao pode trabalhar porque a lei nao permite exploraçao infantil mas nas novelas pode a lei nao se aplica aplica a televisao!

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