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Editores querem ser ouvidos na Provedoria de Justiça sobre manuais escolares

31 mai, 2016 - 14:33

Movimento Reutilizar.org lançou no ano passado uma campanha de recolha de reclamações e denúncias de obstáculos à reutilização dos manuais.

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A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) insistiu esta terça-feira em ser ouvida pelo Provedor de Justiça na sequência de queixas do Movimento pela Reutilização de Livros Escolares, formuladas no ano passado, sobre incumprimento da legislação.

"A APEL renovou junto da Provedoria de Justiça o interesse e disponibilidade em cooperar com aquele órgão do Estado para prestar todas as informações e esclarecimentos necessários", anunciou a Comissão do Livro Escolar da associação.

A posição da APEL surge na sequência de uma carta endereçada à Provedoria no ano passado em que pedia para ter acesso às queixas por considerar grave e infundada a acusação de incumprimento da legislação sobre a vigência dos manuais escolares.

Em Julho de 2015, o Movimento pela Reutilização dos Livros Escolares - Reutilizar.org - lançou uma campanha de recolha de reclamações e denúncias de "obstáculos à reutilização dos manuais", que culminaria com a apresentação de uma queixa ao Provedor.

"Em causa está o facto de aquela queixa implicar as editoras escolares no referido incumprimento da legislação", afirma a APEL no comunicado hoje divulgado.

A APEL declara que, não tendo ainda havido desenvolvimentos, renovou, em carta enviada no dia 24 de Maio, a total disponibilidade para dar todas as informações e esclarecimentos necessários à matéria em causa, "por se entender que a verdade dos factos deve ser reposta".

A campanha do movimento visava reunir todas as queixas para reclamar o cumprimento da legislação sobre o prazo de "seis anos de vida" para cada um dos manuais escolares.

Na semana passada, foi publicado em Diário da República um despacho do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, para a criação de um grupo de trabalho com vista definir um modelo de gratuitidade e reutilização de manuais escolares e materiais didácticos.

A medida deverá ser aplicada, de forma faseada, ao longo da legislatura.

O despacho de Tiago Brandão Rodrigues produz efeitos a partir da data da assinatura (13 de Maio), devendo o grupo de trabalho apresentar um relatório final no prazo máximo de 180 dias.

Comentários
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  • Justo
    15 jun, 2016 Leiria 10:38
    Não tem nada que ser ouvidos. A mama acabou. Agora toda a gente quer mandar no Governo e ser ouvida. Acabou!
  • socorro
    31 mai, 2016 lisboa 15:26
    As editoras durante anos ganharam pequenas fortunas à conta dos pais!!! Alteravam a paginação dos livros só para obrigar as famílias a comprar novos livros, evitando a reutilização dos livros por parte dos irmãos mais novos. Nos países desenvolvidos os livros são reutilizados. Já chega desta pouca vergonha à conta das famílias!!!

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