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Função Pública pode fazer greve de uma hora onde não houver as 35

01 jun, 2016 - 18:09

A FESAP critica a “discriminação” que deixará alguns trabalhadores de fora das 35 horas e ameaça paralisação da primeira ou última hora de serviço.

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A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) está a ponderar convocar greve para a oitava hora de trabalho nos serviços que não praticarem as 35 horas de trabalho semanal.

Em comunicado a estrutura sindical da UGT congratula-se com a aprovação parlamentar mas tem reservas quanto à forma como o diploma vai ser aplicado. A FESAP diz que não aceita discriminações e por isso, pode avançar com esta forma de pressão.

“A FESAP congratula‐se com a aprovação parlamentar na especialidade do projecto de lei que repõe as 35 horas de trabalho semanal, uma vez que representa uma grande vitória para os trabalhadores que desde a imposição das 40 horas têm vindo a lutar contra a injustiça de uma medida que, sem quaisquer contrapartidas, lhes diminuiu em mais de 14% o valor/hora pago pelo seu trabalho”, lê-se no comunicado.

“Porém, e conforme tem vindo insistentemente a anunciar publicamente, a FESAP mantém reservas relativamente à forma como o novo diploma será aplicado, defendendo que as 35 horas devem ser aplicadas a todos os trabalhadores que desempenham funções nos serviços públicos a partir do dia 1 de Julho de 2016, independentemente da natureza do seu vínculo, não sendo admissíveis quaisquer faseamentos ou discriminações, a menos que haja lugar às devidas compensações.”

A Federação apela por isos a um grande esforço negocial, para evitar casos de discriminação, mas adverte que se entretanto a questão não for resolvida pode entregar um pré-aviso que, inicialmente, deverá vigorar entre os dias 1 e 31 de Julho, incidindo sobre a primeira ou a última hora de trabalho, conforme a organização de trabalho nos serviços.

Segundo a FESAP esta é uma forma de os trabalhadores manifestarem o desagrado quanto á discriminação que os poderá afectar.

[Notícia actualizada às 19h09]

Comentários
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  • Sim...
    01 jun, 2016 Paredes 22:20
    Ao menos que nessa hora façam striptease...e postem.......
  • Rodericum
    01 jun, 2016 Braga 21:54
    Quanto ao alargamento ao setor privado, é, naturalmente, uma reivindicação dos sindicatos e dos partidos da esquerda. Mas seria interessante fazer o seguinte exercício: Os funcionários públicos foram obrigados a trabalhar mais 5 horas por semana, sem o correspondente pagamento. Estarão os trabalhadores do setor privado recetivos a diminuir para as 35 horas, com a redução de 14,3% do seu ordenado? É que, nessas circunstâncias, não seriam prejudicados como foram os funcionários públicos, já que mantinham o seu vencimento/hora inalterado. E afinal, que seriam os privilegiados?
  • Rodericum
    01 jun, 2016 Braga 21:45
    Os funcionários públicos foram contratados para exercer determinadas funções, com determinado vencimento e num horário de 35 horas semanais. O anterior governo decidiu, unilateralmente, que teriam que trabalhar mais 5 horas semanais, mantendo o vencimento inalterado, ou seja, diminuiu unilateralmente o valor do vencimento/hora, isto para além dos outros cortes que também os funcionários privados sofreram. O impacto é equivalente a diminuir o salário mensal dos trabalhadores que têm uma carga horária semanal de 40 horas, em 14,3%. A questão das 35 horas é uma falsa questão. Há também trabalhadores do privado com horários de 35 horas e até menos. Há quem trabalhe para uma determinada empresa 2 ou 3 horas por semana e receba tanto ou mais que os funcionários público nas 35 horas. Tudo depende das qualificações e funções exercidas. Naturalmente que os funcionários públicos não se importam de trabalhar as 40 horas, se lhes pagarem as 5 horas adicionais em relação ao contrato original. Para além disso, a produção de um trabalhador não é diretamente proporcional ao número de horas de trabalho semanal. Não sendo fácil de contabilizar, eu não estranharia que se chegasse à conclusão de que a produção com as 35 horas semanais não era inferior à das 40. As 35 horas não é um privilégio, é um dos termos de um contrato, tão válido como 10 ou 20 ou 50 horas. depende do que o empregador está disposto a pagar e o trabalhador a aceitar nessas condições.
  • Jorge f l gama
    01 jun, 2016 Oeiras 21:39
    Eu sempre trabalhei muito mais que 35 semanais. Entrava entre as 8 e as 9 horas e depois do almoco trabalhava ate as 20 horas quase sempre
  • pm
    01 jun, 2016 porto 21:21
    Os que criticam se tivessem qualidade poderiam concorrer para fp já que acham que estes ganham tão bem,
  • fff
    01 jun, 2016 cbc 21:07
    Se não houvesse função publicá ,não insistiam,o PCP,nem,o be e o PS caia muito.
  • Rui
    01 jun, 2016 Sacavém 20:35
    Emprego garantido, ordenado garantido, saúde ao "preço da chuva face à concorrência", pausas constantes para...?, assim está bem ...MAL!!!!!
  • maria
    01 jun, 2016 lisboa 20:17
    é um belo trabalho da CGTP, a promover a desigualdade entre trabalhadores e a extinção de postos de trabalho e a destruição de carreiras.
  • Helena
    01 jun, 2016 20:05
    O ideal é zero horas para a função pública.
  • António Gonçalves
    01 jun, 2016 Pombal 19:58
    “discriminação”??? Por acaso os trabalhadores do privado não fazem também parte do país? Porque é que os vários sindicatos não reivindicam horários de trabalho iguais para todos? Os juízes do Tribunal Constitucional não vêm agora falar em falta de equidade? Tomara que continuem a aumentar as potencialidades do Simplex que é para mandar para casa esta horda de "paralíticos gregos"!!

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