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Fesap recusa “qualquer solução que retire ADSE do Estado"

02 jun, 2016 - 11:54 • Cristina Branco

Reacção ao relatório preliminar da Comissão que avalia a reforma do modelo e propõe um regime mutualista, sem intervenção estatal, na gestão e no financiamento da ADSE.

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A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) rejeita a proposta de retirar a ADSE da esfera do Estado, incluída no relatório preliminar da comissão criada pelo ministro da Saúde para estudar a reforma do modelo de assistência na doença aos funcionários do Estado.

A proposta aponta para uma a transformação do subsistema de saúde dos funcionários públicos numa associação mutualista, numa transição gradual ao longo de dois anos. O Estado ficaria limitado ao acompanhamento da actividade da ADSE, sem intervir na gestão nem no financiamento.

Este modelo é recusado pela FESAP, que rejeita “qualquer possibilidade que retire a ADSE da esfera pública. O dirigente José Abraão argumenta: "Somos nós que a pagamos”.

“Não reconhecemos o papel que o Estado podia ter ficando apenas com a supervisão e colocando-se fora em termos de financiamento. Continuaremos a defender que a ADSE deve ter comparticipação do Estado e dos empregadores públicos, de modo a que até possa haver condições para aliviar os 3,5% que hoje os trabalhadores pagam, depois do governo anterior ter aumentado o valor da contribuição”, explica o sindicalista.

José Abrão considera que retirar a ADSE do Estado representaria um risco para o subsistema de saúde dos funcionários públicos e para o próprio SNS.

“O nosso receio é que ao procurar fazer uma nova ADSE à margem do Estado é debilitar a ADSE, é por em causa a sua sustentabilidade a prazo, e por outro lado, ainda, ameaçar o SNS”. O sindicalista argumenta que “poderemos ficar com uma ADSE apenas para quem a possa pagar, com benefícios cada vez mais reduzidos, e, se por hipótese, um milhão e duzentas mil pessoas deste regime passassem para o SNS, acabaria por ser o desastre completo dos de ambos”.

O relatório preliminar encomendado pelo Governo ao economista Pedro Pita Barros e já entregue ao ministro Adalberto Campos Fernandes, propõe, ainda, o alargamento da ADSE a todos os trabalhadores das administrações públicas, o que poderá incluir mais 100 mil beneficiários no sistema e um aumento das contribuições na ordem dos 90 milhões de euros.

Comentários
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  • zétuga
    02 jun, 2016 lisboa 16:36
    ONDE ESTÃO OS CONSTITUCIONALISTAS??? ESTÃO FE FÉRIAS??? UNS TRABALHAM MENOS TEEM MAIS DIREITOS E REGALIAS.... DEPOIS SUJEM OS TRABALHADORES DE SEGUNDA OU SEJA OS QUE TRABALHAM PARA SUSTENTAR OS OUTROS!! É O XUXULISMO CONSTITUCIONAL IGADADE PARA TODOS!! GOSTAVA DE SABER PORQUE É QUE UNS TEEM ADSE PARA ELES, FAMILIAS, VIZINHOS E OS OUTROS QUE DESCONTAM ESTÃO ANOS À ESPERA DE UMA CONSULTA!! SE ESTA POLITICADA METESSE ESTA IGUALDADE NO CU FARIA MELHOE SERVIÇO!! (muitos seria o que queriam)
  • 02 jun, 2016 LISBOA 15:13
    QUEM GOVERNA O GOVERNO É A CEE/UE E OS SINDICATOS!!! AO QUE CHEGÁMOS!!!!!!!!!!!!!!!!!
  • António Marques
    02 jun, 2016 Lisboa 15:07
    Também quero disso, o ESTADO que pague.
  • carlos
    02 jun, 2016 mafra 13:44
    Num posto os utentes da ADSE têm razão: são ele que pagam, pelo que qualquer intromissão do estado na gestão, supervisão o que quer que seja e que seja a mais do que aquele que tem para com as seguradoras e respectivos seguros de saúde é demais. Cabe ao utentes decidirem o que fazer com os seus descontos para um regime privado de saude, sim porque é privado se a ele só acede quem for FP e só é comparticipado por estes e recuso-me, fico incomodado e roubado se qualquer dinheiro dos impostos seja desviado para a comparticipação privada da saúde dos FP.
  • pedro
    02 jun, 2016 lisboa 13:44
    Isto nem devia existir...só tinha de ser igual para todos! TODOS! ou para nenhum.
  • Mrsrosa55
    02 jun, 2016 Amadora 13:20
    A ADSE não deve servir para ajudar o Orçamento do Estado através da sua venda a uma Seguradora para que obtenha daí lucros. As seguradoras prestam cuidados de saúde mas visam sobretudo o lucro dos seus acionistas em vez do serviço aos clientes. Também li que o se aconselha o Estado a não comparticipar no orçamento da ADSE, o que é absurdo. Os privados pagam muito mais que os trabalhadores para a Segurança Social (onde se inclui o Serviço de Saúde), porque ficaria agora o Estado de fora quando se trata também dos seus trabalhadores? Quanto à possibilidade dos contratados poderem aderir à ADSE, acho isso pacífico: 1.º) são jovens e são mais potenciais contribuintes; 2.º) Muitos deles poderão sair do Estado e quando forem mais velhos e comecem a acumular doenças já não beneficiarão do Sistema, a não ser que fiquem com a possibilidade de manter a ADSE (e o desconto respetivo) uma vez inscritos, o que até seria justo.
  • Fernando Maurício
    02 jun, 2016 Lisboa 13:03
    Os donos do País, têm direitos, nem sempre têm deveres. Já Salazar os apaparicava por alguma razão!
  • Nuno
    02 jun, 2016 V.N.Gaia 12:39
    Toda a gente sabe que esta personagem e outras que tais foram sempre contra a ADSE. Para mim está em andamento mais uma grande negociata para beneficiar os mesmos de sempre..

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