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Movimento critica apelo do PS à participação na marcha em defesa da escola pública

10 jun, 2016 - 13:51

PS emitiu um comunicado a apelar à mobilização dos socialistas na marcha marcada para a próxima sexta-feira, em Lisboa. Movimento de Defesa da Escola Ponto considera que o partido devia "manter-se equidistante".

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O Movimento de Defesa da Escola Ponto criticou esta sexta-feira o apelo do PS à participação na "marcha em defesa da escola pública", considerando que devia manter-se "à margem de uma cruzada ideológica e corporativa" que prejudica as comunidades.

Na quinta-feira, o PS emitiu um comunicado a apelar à mobilização dos socialistas na marcha marcada para a próxima sexta-feira, em Lisboa, iniciativa que se assume contra a concepção do ensino público como "supletivo" do privado.

Esta iniciativa foi reprovada pelo movimento que, em comunicado, diz "lamentar profundamente" esta posição do PS. "Faz muita impressão ver o Partido Socialista (...) aliar-se à extrema-esquerda e ao mais empedernido corporativismo contra as comunidades, contra as famílias, contra os trabalhadores e os professores que apenas lutam pelo que consideram ser as suas razões e os seus direitos", sublinha o comunicado.
Para o movimento, o que está em causa nesta marcha "são, apenas e só, as preocupações partidárias e corporativas de 'não perder a rua' para um movimento espontâneo da sociedade civil, que é rigorosamente independente, transregional e profundamente desinteressado nos seus fins".
Sublinha, a este propósito, que a marcha foi convocada pelo líder da Fenprof, Mário Nogueira e "conta com a organização da CGTP e do PCP e com o trabalho mediático do Bloco de Esquerda".
"Como os portugueses já compreenderam, não está em causa a defesa da escola pública, causa essa que é exactamente a mesma que move este movimento que luta para que o Estado cumpra até ao fim os contratos de associação que assinou com 79 escolas", adianta a organização.
Por outro lado, acrescenta, os portugueses também "já compreenderam que, mais tarde ou mais cedo, os tribunais irão decidir que os contratos de associação que estão em vigor não podem ser interrompidos".
Por estas razões, o movimento considera que o Partido Socialista devia "manter-se equidistante" desta marcha.
O Movimento de Defesa da Escola Ponto apela ainda ao primeiro-ministro, António Costa que perceba "os dois equívocos" em que o Governo e o PS estão envolvidos: "Os colégios representam uma poupança no Orçamento de Estado e constituem, pela sua qualidade, uma defesa inequívoca da escola pública".
Nesse sentido, defende, o PS deveria manter-se "à margem de uma cruzada ideológica e corporativa que, objectivamente, prejudica comunidades inteiras sem qualquer ganho".
A marcha acontece após o Governo ter revisto os contratos de associação entre o Estado e os ensinos privado e cooperativo, o que gerou fortes protestos por parte de professores, alunos, pais de estudantes e responsáveis desses sectores afectados.
Comentários
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  • fanã
    11 jun, 2016 aveiro 17:11
    Jã pagaram as t. shirt's ??????????
  • jorge dinis
    10 jun, 2016 guimarães 16:51
    a mesma democracia do eu, só eu posso contrariar, manifestar-me, contra o governo e os partidos que o apoiam, mas os mesmos não podem criticar ou também se manifestar contra quem sem respeitar a lei se manifesta, à sua margem e não aceita o contraditório reactivo. E se se calassem, enquanto comem os impostos que são rendimento de quem trabalha e tem que pagar o serviço público de educação para os seus filhos e pagou os seus estudos e ainda, os "ganhos deles milionários e dos seus meninos".
  • RIB
    10 jun, 2016 PORTO 16:43
    Eu cidadão comum defendo a Escola Pública. Não sou contra o privado porque eu também sou privado. Há que separar as águas e perceber que as empresas privadas existem por mérito próprio, porque têm clientes próprios, porque visam, acima de tudo o lucro, porque sem este não sobrevivem. A confusão está em dizer que é privado e depender de dinheiros públicos. Sendo assim é tudo público não vale a pena guerras. Por outro lado também acho lamentável que a Igreja tenha opinado quando noutras situações mais graves não abre o bico...
  • luis
    10 jun, 2016 lisboa 16:42
    Estes parasitas dos colégios são capazes de tudo! Inclusive a levar crianças de tenra idade para manifestações!
  • Miguel Brito
    10 jun, 2016 Viana do Castelo 16:16
    Quando a Igreja / o PSD / o CDS-PP / etc. os defendem não se mostram indignados também porquê?
  • Paulo
    10 jun, 2016 Porto 16:14
    Isto ainda não acabou a odisseia? É que pelo que percebi todos os partidos com representação na AR já se livraram um pouco da "causa" ao verificar o sentimento da generalidade da população... Não me surpreende que a Renascença tenha esta agenda!
  • Carlos
    10 jun, 2016 Almada 15:53
    A padralhada já manifestou o seu apoio à manifestação do dia 18 pela ESCOLA PÚBLICA?
  • Saul
    10 jun, 2016 Aveiro 15:46
    Espero que os portugueses respondam ao PS, de acordo com os votos expressos das ultimas eleições Legislativas. A resposta que eu gostaria de ver respondida era: Quanto custa ensinar um único aluno ? Podem dizer-me que tem valores diferentes consoante o grau de ensino, mas não admito que existam valores diferentes consoante a localização geografica. Um aluno de Lisboa não pode ( nao devia ) ficar mais caro que um aluno em Celorico de Bastos. Não é só a guerra entre serviço público e privado que está em causa,... é também a qualidade de gestão da "coisa" pública vs privada. Quem me garante que um aluno no público fica mais barato que no privado? quem me garante que a qualidade de ensino não vai piorar?
  • antónio rui raposo
    10 jun, 2016 castelo branco 15:45
    Há muita maminha a acabar.Vão mamar para outro lado.Quem quer privado que o pague do bolso e não do bolso do contribuinte.È bonito e "chique" ter os meninos no colégio particular dá estatuto,embora seja com o dinheiro dos outros. É um grande negócio para os donos dos colégios.
  • rv
    10 jun, 2016 aveiro 15:35
    Mas não tiveram a mesma postura perante o apelo dos padres da igreja católica e envolvimento direto desta na manifestação que promoveram. Grandes hipócritas e palhaços. Cambada de chulos.

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