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Estivadores em protesto contra precariedade e lei de trabalho portuário

16 jun, 2016 - 20:02

Manifestantes desfilam em Lisboa a caminho do Parlamento enquanto vão rebentando petardos.

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Várias centenas de estivadores estão a desfilar em Lisboa desde as 18h30, em direcção à Assembleia da República, numa marcha de protesto contra a precariedade, que se faz notar pelo rebentamento de petardos.

A abrir a manifestação, vão algumas dezenas de trabalhadores portuários, vestidos de preto e de cara tapada, com a bandeira portuguesa, segurando uma faixa que dá o mote ao protesto: "precariedade nem para os estivadores nem para ninguém, todos por todos, porto a porto, empresa a empresa, sector a sector".

“A luta contra a precariedade mantém-se para nós enquanto não mudarem as regras do jogo. O código de trabalho é muito permissivo em relação a isso, a precariedade é transversal aos outros sectores de actividade e a lei do trabalho portuário é mais gravosa que o código de trabalho. Queremos que o código de trabalho melhore e que a lei do trabalho portuário não crie condições mais adversas do que aquelas que existem para a generalidade dos trabalhadores”, disse o presidente do sindicato dos estivadores.

Em declarações à Renascença, António Mariano reforça que, “enquanto não for alterada [a lei do trabalho portuário] vamos continuar a lutar. É uma lei indigna que foi feita para servir determinados interesses de grupos económicos”.

Questionado sobre se haveria risco de os estivadores endurecerem a luta, o sindicalista respondeu: “Nós somos pacíficos, só queremos trabalhar”.

O desfile conta com a participação de trabalhadores dos portos da Figueira da Foz, Leixões, Sines e Algarve, além dos de Lisboa.

Os manifestantes vestem, todos, camisolas pretas com a bandeira nacional estampada nas costas e gritam palavras de ordem imperceptíveis, de tão altas que são proferidas e devido ao rebentamento contínuo de petardos.

Uma delegação da CGTP, liderada por José Manuel Oliveira, e outra do Bloco de Esquerda, liderada pelo deputado José Soeiro, juntaram-se ao protesto.

Comentários
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  • manuel
    16 jun, 2016 lisboa 22:51
    Sao como os gajos do ei. Sao herois em grupo ate tapam a fronha

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