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Motociclistas protestam contra inspecções obrigatórias

19 jun, 2016 - 18:38

Cerca de 1000 motards juntaram-se em Lisboa criticado aquilo que consideram ser uma forma de extorquir dinheiro.

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Várias centenas de motociclistas concentraram-se este domingo no Rossio, em Lisboa, para protestar contra a inspecção obrigatória a motos, considerando que estão a ser alvo de interesses económicos dos centros de inspecção.

"Segurança sim, inspecção não", "Não somos negócio" e "Não a esta farsa" são alguns dos cartazes colocados nas motos de diversas cilindradas que hoje compareceram de forma ruidosa no centro de Lisboa.

Fonte policial disse à Agência Lusa que junto à Assembleia da República são esperados cerca de 1000 'motards'.

António Manuel Francisco, da comissão de mototurismo da Federação de Motociclismo de Portugal (FMP), reiterou que esta medida pretende apenas extorquir dinheiro aos motociclistas, alegando que muitas das modificações introduzidas nas motos poderão ser reprovadas na inspecção, apesar de as mesmas darem mais segurança a estes veículos.

Cerca das 17h30, os motociclistas começaram a abandonar o Rossio em direcção à Assembleia da República, onde tencionam entregar um manifesto.

Presentes na manifestação estão 'motards' de várias zonas próximas de Lisboa, estando à mesma hora a decorrer manifestações em cidades como Porto, Castelo Branco, Faro e Funchal.

A intenção de o Governo alargar a inspecção periódica obrigatório a motos foi anunciada em maio, não pelo executivo mas pelo presidente da Associação Nacional de Centros de Inspecção Automóvel, Paulo Areal, que adiantou até que a medida entraria em vigor em Outubro.

Na altura uma fonte oficial do Ministério do Planeamento disse à Lusa que não existia ainda uma data para a entrada em vigor da iniciativa.

António Manuel Francisco disse à Lusa não entender como é que é uma associação a anunciar aquilo que devia ser o Governo a fazer, e acrescentou: "ninguém sabe como vai ser, se por exemplo os inspectores vão ser obrigados a ter carta de moto ou não".

Segundo a FMP apenas 0,3 % dos acidentes com motos são provocados por falha mecânica dos veículos e as inspecções vão retirar das estradas todas as motos personalizadas ou minimamente alteradas.

Comentários
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  • barsanulfo
    20 jun, 2016 alcains 22:43
    A rapaziada das motos, teima em continuar a ser uma espécie de casta acima da lei. Não querem ser inspeccionados. Bom vejamos, adquirem um veiculo motorizado de duas rodas, novo ou usado, cujo preço é substancialmente inferior a um veiculo automóvel ( não me falem nos "papa reformas") que tem 4 rodas e motor de triciclo, não é exemplo, e querem usar a moto "ad eternun", sem uma só inspecção. Mas as motos circulam nas mesmas vias que os automóveis, quase sempre em velocidade excessiva, pela esquerda e pela direita, com ou sem traços contínuos, eles são uma casta com especiais direitos.Durante a vida útil das suas motos ( sem inspecção), modificam motores e escapes, piscas na traseira da moto, reduzem o tamanho da chapa de matrícula, ou dobram a mesma para dificultar a identificação, fazem das vias dentro das cidades os seus autódromos ruidosos com muitos decibéis acima da lei e infernizam a vida e o silêncio de terceiros ( não há inspecção). No mercado de usados troca-se compra-se vendem-se motos,cuja proveniência deixa muitas dúvidas aos mais cautelosos, sem a menor dificuldade, ( não há inspecção).Não existem centros? também ao inicio havia poucos para os automóveis, hoje concorrem entre si em todo o país. Mais um argumento rasca de quem quer continuar a prevaricar sem controlo ( não vou ao médico, porque na minha rua não há consultório! patético). Qualquer pessoa de bem, um verdadeiro motar, não teme a inspecção, e não adianta argumentar com -mais um negócio- , é falso.
  • marcelo
    20 jun, 2016 lisboa 18:27
    Porque não devem as motas fazer inspeção? Muito simples: a) Não existem centros aptos para inspecionar motas em todo o país. Há zonas do país em que para fazer a inspeção será percorrer fazer 80 km; b) Muitas motas ficam paradas entre outubro e maio. E se tiver que fazer a inspeção em janeiro? Com gelo, chuva, por vezes neve, vou colocar-me à estrada nestas condições pra fazer a inspeção? Ou vou ter de contratar um reboque para levar e trazer a mota da inspeção? E for uma 50? Como é que levo uma acelera, que não passa do 45 km/h, a um centro de inspeção a 80 km de distância? Uma aventura...por Estradas Nacionais e Municipais (sim, não não andam em IP, SCUTS e AE.) c) Existem inúmeras motas meramente lúdicas, nas terrinhas, etc., para utilizar de vez em quando. Levá-las à inspeção é um constrangimento, sobretudo quando só se pode estar com elas no fim de semana, aqui aplica-se o acima dito sobre a deslocação de motas aos centros de inspeção; d) A cultura de custumização das motas, o seu mercado, etc. vão desaparecer? e) A informação existente mostra bem que os acidentes com motas pouco ou nada têm que ver com as suas condições de circulação. d) Não vale a pena comparar carros com motas, são completamente diferentes, um pesa entre 1 e duas toneladas, transporta entre 5 a 9 pessoas, são em número muito superior...o risco das motas para os demais utentes da via são infimamente inferiores.
  • Motociclista
    20 jun, 2016 Lisboa 17:49
    E porque as motos tem de pagar o mesmo preço nas portagens que um automóvel? A exceção que é feita tem um desconto de 30%, por exemplo na Ponte 25 de abril se equipada com a VV. É justo? Isto de aparecer os principais interessados no negócio a falar ao pais como de governo se tratasse, é no mínimo ridícula. Dá perfeitamente para ver onde anda os tentáculos..., e do outro lado, do governo, cala-se..., para consentir? Porque querem baixar de tal modo a cilindrada obrigatória a fazer a inspeção? Ando todo a mamar... isto ainda vai dar buraco...ai vai vai. Os motociclistas não são os impávidos e serenos do rebanho dos condutores de automóveis.
  • Ricardo
    20 jun, 2016 London 12:50
    Tenho mota, adoro motas, mas qual e o problema aqui? Nao sao ou unico pais em que e obrigatorio inspeccao apos os 2 primeiros anos da mota!!!! A esperem ja entendi, e que, 95% das motos estao ilegais devido a alteracoes... pois e chato nao e!
  • Luis
    20 jun, 2016 Lisboa 05:36
    É mais um negócio, é mais uma xulice para favorecer amigos (Loby). Que os motociclos a exemplo dos veículos automoveis devam também ser inspeccionados é correcto e assim já deveria ter sido há muito.O problema põe-se apenas no intervalo das inspecções. As inspecções em Portugal são obrigatorias todos os anos. Esta obrigatoriedade já existia antes da crise quando Portugal tinha, segundo as estatisticas, um dos mais modernos parques automoveis da Europa.A "seita politica " para aquilo que lhes convem gosta muito de evocar exemplos da Alemanha. Acontece que na Alemanha, País onde as pessoas são responsáveis e são responsabilizadas, as inspecções são feitas de dois em dois anos. De igual modo na Alemanha pode-se rebocar uma carro de um amigo com o nosso carro. De igual modo também não existe a palhaçada da chapa da matricula do carro com o ano e o mês de registo que é uma originalidade Portuguesa criada por mais um idiota que quis beneficiar uns amigos. Aliás, deveria ser altura de todos os Portugueses pensarem que em Portugal tudo o que é feito, tudo o que é legislado é feito sempre a contar primeiro com interesses ilegitimos e nunca a contar com os interesses do cidadão. Os interesses do cidadão vêm sempre em terceiro ou quarto lugar quando vêm. Portugal tem um nivel de vida três vezes (média) inferior aos Países ricos da Europa e mesmo assim é raro encontrar-se seja o que fôr com um preço inferior a esses Países. É incrivel mas é verdade. Somos roubados a torto e a direito.
  • Fernando de Almeida
    19 jun, 2016 Porto 23:03
    Os vei'culos automo'veis são sujeitos a inspecções perio'dicas.Porque é que as motas tem de ser excepção?
  • Alberto Sousa
    19 jun, 2016 Portugal 20:08
    É negócio meu caro, é negócio. Todos os governantes, sem exceção, quando chegam ao poder "inventam" modos de satisfazer os grupos de "amigos", uns porque dão certificações, outros porque passam o tal "papel", outros porque...sim. É assim e tão cedo nada muda porque há sempre interesses a pressionar.

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