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Gaia diz ter garantias de que o centro materno-infantil vai manter-se

21 jun, 2016 - 13:00 • Henrique Cunha

A comissão de avaliação da rede de referenciação hospitalar em saúde materna sugere o fim do centro Gaia-Espinho. O presidente da Câmara está certo de que o actual Governo vai reverter a decisão.

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O presidente da câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, diz ter “quase certeza absoluta” de que o Ministério da Saúde não irá avançar com a desqualificação da unidade materno-infantil de Gaia-Espinho.

Em entrevista à Renascença, Eduardo Vítor Rodrigues assegura que já falou com o ministro Adalberto Campos Fernandes, que também ficou surpreendido com a proposta de desqualificação avançada pela comissão de avaliação da rede de referenciação hospitalar em saúde materna, criada pelo anterior Governo.

A proposta da comissão, que está em discussão até ao final do mês, lembra a proximidade de importantes unidades como o Centro Hospitalar de São João ou o recém-inaugurado Centro Materno Infantil do Norte, mas o autarca de Gaia não aceita o argumento e acusa a comissão de avaliação revela falta de rigor.


Não fará sentido prescindir do centro-materno infantil de Gaia/Espinho, tendo em conta a qualidade do Centro Hospitalar de São João ou do recém-inaugurado Centro Materno-Infantil do Norte?

"Há, neste país, a ideia de que os técnicos estão contra os políticos e, muitas vezes, são os detentores da sabedoria e da razão. Ora, é exactamente numa comissão técnica nomeada pelo anterior governo que aponta para a extinção do centro materno-infantil de Vila Nova de Gaia.

Porque existe um centro materno-infantil no Porto...

Com certeza e, daqui a dias, existe um em Vigo e fecha-se o do Porto. Isto é um disparate absoluto do ponto de vista do modelo, porque quem faz estes estudos, quando tem necessidade de olhar para o território, vai ao Google. E, de facto, pelo Google, a distância entre Vila Nova de Gaia e o Porto é pequenina. Mas, se essa gente vier cá e perceber que atravessar a Ponte da Arrábida é, na maior parte do dia, uma coisa penosa, percebe que não pode gerir o pais no mapa.

Há falta de rigor na avaliação? É isso?

Uma completa falta de rigor. Dados errados, que é uma coisa absolutamente inacreditável, conclusões absolutamente precipitadas e, portanto, o que nós fizemos foi um documento extenso que, estou absolutamente convencido, vai levar a suspender esta avaliação.

Já falou com o Ministério da Saúde?

Já, claro. Falei com o ministro e com o secretario de Estado. Eles próprios ficaram surpreendidos. Como sabe, o secretario de Estado é aqui do Porto e, portanto, conhece muito bem a realidade. As garantias que recebi, não vou dizer totais, mas são praticamente totais”.

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