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Mário Machado ia ser libertado, mas fica em prisão preventiva

21 jun, 2016 - 13:41

Tribunal decreta prisão preventiva a Mário Machado inviabilizando saída em liberdade condicional.

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O ex-dirigente da Frente Nacional Mário Machado foi notificado esta terça-feira de que fica em prisão preventiva no processo em que é acusado de tentativa de extorsão, pelo que já não será libertado na quarta-feira, disse à Lusa o seu advogado.

José Manuel Castro referiu que foi notificado esta terça-feira de manhã pelo tribunal criminal de Lisboa de que a juíza de julgamento decretou a prisão preventiva de Mário Machado, medida que, na prática, inviabiliza que o ex-dirigente da Frente Nacional saia em liberdade condicional na quarta-feira, conforme estava previsto, após cumprir cinco sextos de uma pena de 10 anos de prisão, em cúmulo jurídico.

O advogado considerou uma "coincidência" que a medida de prisão preventiva tivesse sido aplicada a Mário Machado na véspera da data para este sair em liberdade condicional e quando a sentença do caso de alegada tentativa de extorsão está marcada para quarta-feira à tarde.

No entender de José Manuel Castro, esta "sucessão de acontecimentos" e o "timing" escolhido visam eternizar a prisão de Mário Machado, que se encontra detido na cadeia de Alcoentre.

Mário Machado, apontado como fundador do grupo neonazi Hammerskins Portugal, vai estar presente na quarta-feira à tarde na Instância Central Criminal de Lisboa para ouvir o acórdão relativo ao caso de alegada tentativa de extorsão, a partir da cadeia, a um antigo cúmplice e sua mulher.

O arguido rejeita os factos da acusação do Ministério Público, que foi quem promoveu o pedido para que ficasse em liberdade preventiva antes de ser conhecida a sentença.

Em 2012, o Tribunal Criminal de Loures fixou em 10 anos o cúmulo jurídico das penas de prisão aplicadas a Mário Machado, tendo para o cúmulo sido consideradas condenações relacionadas com discriminação racial, coação agravada, posse ilegal de arma e ofensa à integridade física qualificada, entre outros ilícitos. Foi desta pena que o arguido cumpriu cinco sextos, que lhe garantiram a liberdade condicional.

Comentários
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  • manuel
    21 jun, 2016 lisboa 14:45
    Nao percebo, estao com medo de comentar? Este e como o Vale Azevedo vieram ao mundo para pagar o mal feito pelos outros.

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