01 jul, 2016 - 23:31
Diogo Gaspar, o director do museu da presidência, foi suspenso de funções públicas, está proibido de entrar na secretaria geral da Presidência da República, no Museu e no palácio da Cidadela de Cascais.
As medidas de coacção acabam de ser divulgadas pela Procuradoria-geral da República depois de ter sido ouvido pelo juiz de instrução criminal. O arguido fica ainda obrigado ao pagamento de uma caução no valor de 50 mil euros.
Diogo Gaspar foi detido no âmbito da designada “Operação Cavaleiro”. Em causa estão indícios da prática dos crimes de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder.
Estão a ser investigadas suspeitas de favorecimento de interesses de particulares e de empresas com vista à obtenção de vantagens económicas indevidas e suspeitas de solicitação de benefícios como contrapartida da promessa de exercício de influência junto de decisores públicos.
O Ministério Público tem ainda indícios do uso de recursos do Estado para fins particulares, apropriação de bens móveis públicos.
A operação levou a cabo na passada quinta-feira várias buscas em diversos pontos do país, foi apreendida vasta documentação e vários bens móveis.
O comunicado da PGR esclarece ainda que no âmbito dos autos deste inquérito, foram interceptadas comunicações telefónicas nas quais intervém acidentalmente o Presidente da República. O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça determinou já a destruição imediata dos elementos relativos a essas mesmas intercepções telefónicas, por as considerar manifestamente estranhas ao processo e sem relevância para a investigação.