09 jul, 2016 - 15:32 • Cristina Branco
No dia em que distinguiu Paulo Cunha e Silva, antigo vereador da Cultura, com a Medalha de Honra da Cidade, a título póstumo, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, anunciou uma nova aposta na cultura, com o que chama de “fomento à criação”.
“Achei que hoje era o dia certo para anunciar que o vamos fazer, antecipando um pouco os planos. Aquilo que vamos criar é um modelo para fomentar a criação artística, cultural e científica na cidade do Porto, através das residências artísticas e através do fomento directo a essa criação”, afirmou o autarca, à margem da cerimónia de entrega de 24 medalhas da cidade, na Casa do Roseiral, no Porto.
Sem adiantar pormenores, Rui Moreira explicou que “até agora o objectivo foi estabilizar palcos, públicos e programas”, sublinhando que o que se segue “é mais ousado” e começou quando foi criado o Prémio Paulo Cunha e Silva.
Entre uma lista de 23 personalidades agraciadas com medalhas de ouro e prata da cidade, o Padre Américo Aguiar, actual vice-presidente do conselho de gerência da Renascença, pelo trabalho realizado na diocese do Porto, em particular o restauro e dinamização da Torre dos Clérigos.
“É um orgulho que esta homenagem aconteça no contexto da homenagem a Paulo Cunha e Silva, expoente máximo da cultura no Porto e daquilo que foi possível realizar da tal cidade líquida que ele tanto sonhava”, afirmou o padre Américo Aguiar, em declarações à Renascença.
“Como alguém disse, as distinções não se pedem, não se recusam, agradecem-se. Eu agradeço e, acima de tudo, lembro todos os que sempre se empenharam para que tudo corresse bem e hoje tudo continue a correr bem”, partilhou, sublinhando que “o ícone de Nazoni continua a ser uma referência para a cidade e para quem a visita”.