13 jul, 2016 - 11:00 • Teresa Abecasis
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A Renascença olhou para os números do desemprego entre os recém-licenciados e fez as contas. Entre 2011 e 2014, mais de duzentas mil pessoas terminaram o primeiro ciclo de estudos do ensino superior em Portugal. Destas, mais de 17 mil estavam inscritas no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) no final de 2015.
Os cinco cursos que registam maiores taxas de desemprego entre os recém-licenciados são: Arquitectura, da Escola Superior Artística do Porto (38,8%); Serviço Social, da Universidade Lusófona do Porto (37,8%); Criminologia, da Universidade Fernando Pessoa (35,3%); Ciências da Comunicação da mesma universidade (31,3%); e Teatro, da Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (30,2%).
Neste "top" cinco, quatro cursos com maior número de desempregados são de estabelecimentos privados.
A taxa média de desemprego registado entre os recém-licenciados por curso é de 9,3%. Este valor varia muito pouco quando calculamos a diferença entre a taxa média registada nos cursos universitários (8,9%) e nos cursos politécnicos (9,6%), embora a taxa de recém-licenciados desempregados no ensino politécnico seja superior. Ligeiramente maior é a diferença entre a média da taxa de desemprego dos recém-licenciados dos cursos que englobam apenas a licenciatura (9,4%) e a daqueles que incluem um mestrado integrado (8,3%).
Já a diferença entre a média da taxa de desemprego dos cursos do ensino privado (9,3%) e a do ensino público (9,2%) é ainda menor: apenas 0,1 pontos percentuais.
Os números são da Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), e comparam o número de licenciados que saíram das faculdades portuguesas durante aqueles quatro anos (entre 2011 e 2014) com o número desses licenciados que estava inscrito no IEFP no dia 31 de Dezembro de 2015. Dos 1381 cursos registados , foram considerados válidos os dados de 1192 cursos.