04 ago, 2016 - 00:21
Sobre a polémica da viagem do secretário de Estado aos jogos da selecção, a Galp recusou responder à questão da Renascença sobre quais os membros do Governo convidados para verem jogos em França e quantos desses convites tinham sido aceites.
A petrolífera diz apenas que "este tipo de iniciativas é comum e considerado aceitável no plano ético das práticas empresariais" e que o objectivo era "fomentar o espírito de união em torno da Selecção Nacional".
Já esta quarta-feira, o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, confirmou ao jornal Público que também viajou a convite da petrolífera. Ao jornal, Vasconcelos diz que "pagou um bilhete de avião" e acrescenta que "já pediu à Galp que esclareça se há despesas adicionais que, a existirem, serão devidamente reembolsadas".
A lei que proíbe os funcionários do Estado de receberem presentes, sejam de natureza patrimonial ou não, é pouco clara na definição do que é crime, que está previsto no Código Penal desde 2010. É que, depois de estipular que é indevido receber essas "vantagens" - como lhe chama a lei - diz-se que ficam de fora "as condutas socialmente adequadas e conformes aos usos e costumes".
No comunicado que enviou às redacções, Rocha Andrade escreve que aceitou o convite para assistir ao jogo de Portugal no Europeu a expensas da Galp por entender que se tratava de um quadro de "adequação social".