Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Aviões espanhóis ajudam a combater incêndios em Viana do Castelo

09 ago, 2016 - 11:35

Os vários fogos activos no país estão a cortar algumas estradas, como o IP5 e a A25, na zona de Viseu, e a A27 entre Nogueira e Estorãos.

A+ / A-

Veja aqui a evolução dos fogos no país


Dois aviões Canadair espanhóis são esperados a qualquer momento na zona de Viana do Castelo para reforçar o combate aos 11 incêndios em curso no distrito.

“Estão a caminho" e "devem estar a chegar", afirma o presidente da Comissão Distrital da Protecção Civil (CDPC) à agência Lusa. O distrito activou o Plano Distrital de Emergência na segunda-feira à noite.

Segundo José Maria Costa, também presidente da Câmara de Viana do Castelo, estão activos 11 incêndios no distrito, a ser combatidas por 501 operacionais e três meios aéreos (dois aviões em Ponte de Lima e um helicóptero pesado em Mezio, Arcos de Valdevez).

Os mais graves localizam-se em Cabração e Calheiros (concelho de Ponte de Lima), em Cabana Maior (Arcos de Valdevez) e Vilar de Murteda e em Nogueira (Viana do Castelo).

Uma casa foi mesmo "consumida pelas chamas" em Escusa, Ponte de Lima. No concelho de Viana do Castelo, vários anexos e alfaias agrícolas foram destruídos pelo fogo e em Meixedo, no mesmo concelho, "ardeu parte de uma fábrica desactivada", referiu também.

Às 10h20, a Protecção Civil destacava na sua página da internet três incêndios "importantes" no distrito de Viana do Castelo, que mobilizavam um total de 238 operacionais e 84 meios terrestres.

As "ocorrências importantes" indicadas pela ANPC dizem respeito a incêndios rurais "de duração superior a três horas e com mais de 15 meios de protecção e socorro envolvidos".

Norte e Centro mais fustigados. Estradas cortadas

É no Norte e Centro do país que se concentram os incêndios que, esta manhã, mais preocupações dão aos bombeiros e às populações.

São 12 os fogos que mais meios mobilizam no continente. Lavram nos distritos de Braga, Aveiro, Viana do Castelo, Guarda, Viseu, Porto e Leiria.

O de Águeda, que teve início há mais de 30 horas, está a ser combatido por quase 300 operacionais, com o auxílio de quatro meios aéreos. Em Arouca, distrito de Aveiro, o incêndio que eclodiu no domingo está a ser combatido por mais de 250 operacionais e cinco meios aéreos.

O incêndio de Barcelos (distrito de Braga) estará em resolução, segundo a página da Protecção Civil, permanecendo no local quase 200 bombeiros.

Em Viana do Castelo, os incêndios já obrigaram ao corte da A27 ao trânsito, entre Nogueira e Estorãos. Também a A25 está cortada na zona de Viseu, em ambos os sentidos.

O Itinerário Principal 5 (IP5), que liga Aveiro a Vilar Formoso, está cortado desde as 8h00 nos dois sentidos, em Viseu, devido ao incêndio florestal que consome mato em Couto de Baixo.

Também a estrada nacional 333 está cortada em Casal dos Ferreiros, concelho de Águeda, distrito de Aveiro, desde as 4h30 de segunda-feira, disse à agência Lusa uma fonte do Comando Geral da GNR.

Estão ainda condicionadas a estrada nacional 330 em Fornos de Algodres (distrito da Guarda), desde as 4h30 de segunda-feira, e a estrada nacional 108, em Gondomar (distrito do Porto), desde as 6h35 desta terça-feira.

Neste balanço, não está contabilizado o fogo que lavra desde segunda-feira na Madeira,onde foi accionado o Plano de Contingência Regional, depois de ter sido activado o Plano Municipal de Emergência. A situação continua muito complicada.

No continente, também Ponte de Lima e Arcos de Valdevez activaram os Planos Municipais de Emergência.

Ao final da tarde, por volta das 18h00, o primeiro-ministro desloca-se ao Comando Nacional da Protecção Civil, em Lisboa, para ouvir, "de viva voz", por parte dos operacionais, qual o ponto de situação do combate aos fogos. No Porto, a Comissão Distrital de Protecção Civil decidiu prolongar até às 20h00 de quinta-feira o Plano Distrital de Emergência, accionado na madrugada de segunda-feira.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Josep Vallverd
    12 ago, 2016 Barcelona 21:52
    Espero que nuestra ayuda pueda servirles para acabar con esta catastrofe de los incendios. Saludos amigos portugueses y perdonen por no hablar portugués.
  • Ninas
    09 ago, 2016 Viana do Castelo 16:02
    Quem viajar pelas ENs que ligam Viana do Castelo a Vila Nova de Anha (via estrada que luga á Amorosa) poderá comprovar o estado deplorável a que chegou a falta de limpeza das bermas e matas, com as silvas a tomarem conta da estrada/visibilidade, sendo óbvio o estado de abandono a que, este ano, foi relegada a mata que, diga-se em abono da verdade, em anos passados foi alvo de profissionais sapadores de floresta, deixando-a, bermas incluídas, num estado digno de realçar...!!! Deixar as matas beste lamentável estado prejudica directamente is utentes assim como, havendo incêndio, o Todo Nacional acaba SEMPRE por ser prejudicado...!!! As Autoridades responsáveis devem ser responsabilizadas pelos perigos causados e não somente pelos danos emergentes...!!!
  • JOrge Gomes
    09 ago, 2016 Ponte de Lima 15:49
    isso é o ke da por Ministros (palhaços) ke não percebem nada, Engenharia Civil tem tudo a ver ???!!! um Ministro Bombeiro de carreira ou nao, com certeza saberia como se resolve este problema ke todo o ano pois em risco vidas, destroem famílias, acabem com o trabalho de uma vida e nata é feito
  • luis
    09 ago, 2016 lisboa 15:49
    A "Incompetência total" ! Responsáveis Nacionais, tenham vergonha ! Quem observa a situação do estrangeiro, o que pensará de voz ?
  • Maria Jose Silva
    09 ago, 2016 Couto, Arcos de Valdevez 15:26
    É uma dor de alma tudo isto, e impressionante a incapacidade de prevenir de vez este caos; mas neste momento, choca mesmo é que os mais altos responsáveis do país continuem de férias, irão aparecer quando tudo já estiver perdido? Não se percebe porque é que os municípios estão abandonados a si mesmos, com planos de emergência locais, certamente exíguos, e não se activem planos de emergência nacionais e se peça ajuda internacional. O Parque da Peneda Geres é o único parque nacional, e o país não faz nada para ajudar? Sr Presidente da República, deixe o Brasil, ponha os militares a ajudar a combater esta Guerra, então??
  • Pedro
    09 ago, 2016 Aveiro 15:09
    A legislação existe. Eu gostava de perceber é porque nem juntas de freguesia, nem Câmaras Municipais nem GNR a fazem cumprir. Quando alertados todos dizem que não tem competência sobre a matéria, e chutam a bola para o parceiro do lado. Ninguém se quer chatear, já basta ter de comparecer diariamente no local de trabalho!! Por outro lado farto-me de ver proprietários a vender pinheiros e outro tipo de lenha, chamando madeireiros que arrasam literalmente com toda a cobertura vegetal dos terrenos - não deixam absolutaamente nada, onde posteriormente nascem especies infestantes de crescimento rapido e descontrolado, mas depois ninguem vê os proprietários durante decadas... Isto é feito e toda a gente sabe, em áreas RAN e REN, á vista da policia que prefere olhar para o outro lado, depois quando á incêndios vem chorar-se para a televisão a dizer que não há meios e que a responsabilidade é do estado e do ministro da administração interna.
  • ALEXANDRE
    09 ago, 2016 REIGADA 15:00
    Metade do País a arder e a outra a olhar para o lado. Retrato de um país moribundo.
  • RIBEIRO
    09 ago, 2016 O. AZEMEIS 14:56
    TANTO FUTEBOL E TÃO POUCO OU NADA PELA FLORESTA......TANTA IGNORÃNCIA E PORTANTO, SEM FLORESTA, A VIDA NÃO É POSSIVEL.
  • DR XICO
    09 ago, 2016 LISBOA 14:34
    AJUDAM?? não estão a ser pagos é um negócio. Quem ajuda são os bombeiros voluntários que não ganham nada.
  • Rui
    09 ago, 2016 Lisboa 13:42
    Se em vez de "afundar" o país com submarinos e outras coisas do género, tivessem pegado nesse dinheiro e comprado aviões e helicópteros, financiado a limpeza das matas e afins, neste momento já estava tudo controlado...

Destaques V+