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Mais de três mil bombeiros no terreno. Costa quer saber mais sobre os incêndios

09 ago, 2016 - 06:44

Em Ponte de Lima e Arcos de Valdevez e no distrito de Viana do Castelo foram activados os planos de emergência.

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Pelas 6h30 desta terça-feira, a Protecção Civil dá conta de 108 incêndios activos, a ser combatidos por mais de 3.200 operacionais. Às 7h00, eram 13 as ocorrências de maior significado, nos distritos de Viana do Castelo, Porto, Aveiro e Viseu.

Depois das 8h00, começam a operar os meios aéreos.

A situação mais complicada vive-se no distrito de Viana do Castelo, onde já foi accionado o Plano Distrital de Emergência. Em Ponte de Lima e Arcos de Valdevez foram activados os Planos Municipais de Emergência.

Até às 4h00, nenhuma habitação tinha sido atingida no concelho de Viana do Castelo, mas a situação é classificada agora, pela Protecção Civil, como “complicada”. Em especial nas freguesias de Nogueira, Meixedo e Vilar de Murteda.

“Em fase de maior resolução está o fogo em Arouca [distrito de Aveiro] e a situação de Gondomar tem evoluído de forma favorável, apesar de vários incêndios. A situação de Viana, Santo Tirso e Viseu também nos preocupam”, refere à Renascença Miguel Cruz, adjunto nacional de operações da Protecção Civil.

Na Madeira, o vento mudou de direcção e o incêndio que começou na noite de segunda-feira começa a avançar em direcção ao Funchal. Durante a madrugada, algumas pessoas tiveram de ser retiradas de casa, de emergência. Foi entretanto detido um suspeito de fogo posto.

Primeiro-ministro quer inteirar-se da situação

António Costa desloca-se esta terça-feira ao Comando Nacional da Protecção Civil, em Lisboa, para se inteirar da situação dos incêndios que estão a assolar o país.

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro, a deslocação não estava prevista na agenda do primeiro-ministro, mas a situação registada nos últimos dias levou o chefe do Governo a querer ouvir, "de viva voz", por parte dos operacionais, qual o ponto de situação do combate aos fogos.

Com António Costa vai a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

No distrito de Viana do Castelo, algumas aldeias chegaram a ser evacuadas durante a noite.

Risco máximo de incêndio em 33 concelhos

Trinta e três concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Viseu, Porto, Vila Real e Braga apresentam risco máximo de incêndio.

São eles: Monchique (Faro), Mação, Sardoal (Santarém), Oleiros, Vila de Rei, Sertã (Castelo Branco), Pampilhosa da Serra, Góis, Oliveira do Hospital (Coimbra), Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Miranda do Corvo (Coimbra), Guarda, Sabugal, Gouveia, Celorico da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres e Aguiar da Beira (Guarda).

Ainda os concelhos de Moimenta da Beira, Vila Nova de Paiva, Castro Daire, São Pedro do Sul e Marco de Canaveses (Viseu), Arouca, Castelo de Paiva (Aveiro), Baião e Valongo (Porto), Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena (Vila Real), Cabeceiras de Basto e Póvoa do Lanhoso (Braga).

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou também em risco muito elevado e elevado de incêndio vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental.

Para esta terça-feira, o IPMA prevê, no continente, céu geralmente limpo, aumentando temporariamente a nebulosidade durante a tarde nas regiões do interior, vento fraco, tornando-se moderado de noroeste a partir do final da manhã, e por vezes forte e com rajadas até 60 quilómetros por hora no litoral oeste.

Nas terras altas do Norte e Centro, prevê-se vento fraco a moderado de nordeste, soprando moderado a forte até ao início da manhã e a partir do meio da tarde.

Está também previsto pequena descida da temperatura mínima no litoral norte e centro, descida da temperatura máxima, mais significativa nas regiões Norte e Centro, e que será acentuada no litoral a norte do cabo Raso.

Na Madeira, prevê-se tempo quente com períodos de céu muito nublado, em especial por nuvens médias e altas, vento moderado a forte de nordeste com rajadas até 75 quilómetros por hora soprando forte a muito forte com rajadas até 95 quilómetros por hora nas zonas montanhosas e pequena subida da temperatura mínima.

Para os Açores, a previsão aponta para céu geralmente pouco nublado e vento nordeste bonançoso a moderado.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 23 e 35 graus, no Porto entre 20 e 30, em Braga entre 18 e 34, em Viana do Castelo entre 20 e 31, em Vila Real entre 20 e 33, em Viseu entre 20 e 35, em Bragança entre 17 e 31, na Guarda entre 18 e 30, em Coimbra entre 19 e 34, em Castelo Branco entre 24 e 37, em Portalegre entre 23 e 37, em Santarém entre 20 e 39, em Évora entre 19 e 40, em Beja entre 21 e 39, em Faro entre 22 e 33, no Funchal entre 28 e 35, em Ponta Delgada e Santa Cruz das Flores entre 21 e 27 e na Horta entre 22 e 27.

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  • de mal a pior!
    09 ago, 2016 Santarém 18:30
    Pois onde o senhor primeiro-ministro se deve deslocar é aos locais das operações, lá onde bombeiros e populares estão a sofrer na pele o resultado dos incêndios, lá onde vai tem ar condicionado e cerveja bem fresquinha e talvez muita gente que como ouvi alguém esclarecido na TV anteontem afirmar que anda por aí gente ligada ao assunto dos incêndios que nem um chaparro sabem destingir de um eucalipto. Qualquer das maneiras ver terrenos atestados de matagais junto a habitações e ouvir notícias de que são caçados incendiários já reincidentes várias vezes dá bem para pensar como será possível atacar o mal pela raiz, nisto parece que todos os governantes têm assobiado um pouco para o lado.
  • joão castro
    09 ago, 2016 tomar 11:54
    António Costa quer saber mais sobre os incêndios! Estes senhores sabem pouco sobre o País real! A onda de terrorismo / incêndios já dura há largos anos, mas eles são muito bonzinhos e desconhecem as grandes negociatas! O que è que eles já fizeram ou fazem na "época baixa" para evitar a onda de terrorismo? Portugal está entregue a burgueses que só conhecem o mundo urbano! A comunicação social ajuda à farsa!
  • Rui Mascarenhas
    09 ago, 2016 Santarém 11:46
    Isto é uma vergonha.O País está arder à uma semana e agora o Costa é que se quer inteirar da catástrofe.DIGAM LA SE NÃO DÁ VONTADE DE RIR, mas como o caso é de tragédia a mim dá-me vontade de chorar e dizer ao sr.costa que a mim nunca me enganou.A alma dele é igual à do diabo ou pior.Está na praia a banhos e não sabe o que se está a passar com este povo em horror que as chamas dos incêndios lhe bata à porta.É que nem o sr.costa nem ninguém do governo apareceu.Isto é imperdoavel .Ontem houve um que foi na auto-estrada do norte experimentar um pó-pó electrico,deve ser outro negócio tipo magalhães,e a estrada teve cortado por causa dos fogos e ele nada disse.Isto de facto é uma cambada que até para irem para o governo não foi preciso ganhar eleições,mas juntar-se a outras forças retrógradas e assaltarem o poder.E o que se vê é que esta gente anda sempre a falar por tudo e por nada e nesta tragédia nemn falam nem aparecem como é costume para encantar o POVO . SÓ DIGO ,ISTO É UMA VERGONHA! Não, bem falantes.mas com a solidariedade a banhos, NÃO CONTEM COM O MEU VOTO!
  • ernesto castro
    09 ago, 2016 esmoriz 10:59
    Anedotico este governo com a imprensa a levar estes tipos ao colinho. Espero que não haja censura ao meu comentário como é costume aqui na RR com seu lápis azul.
  • Diogo
    09 ago, 2016 Leiria 10:08
    É RIDICULO escreverem que Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Castanheira de Pera são do distrito de Coimbra, o que até faz com que a frase estejá incorreta na logica.
  • Manuel Silva
    09 ago, 2016 Pombal 09:50
    Os incêndios tem pouco que saber, são resultado de uma multiplicidade de fatores e de interesses corporativos que bloqueiam a tomada de decisões que minimizem este grave problema. As decisões políticas são tomadas em função daquilo que dá mais jeito a quem tem influência sobre a máquina de propaganda, ou seja, aposta-se no combate e canalizam-se para este setor todos os recursos económicos disponíveis e penalizam-se os proprietários que são sempre os responsáveis pela existência de combustível, ao mesmo tempo e se for conveniente acusam-se tanto por limparem, como por não o fazerem e se qualquer desta argumentação falhar, são os autarcas que não abriram caminhos de acesso para o combate. Por último, se tudo isto não servir, "trabalham-se" umas estatísticas e os fogos que podem ter as mais variadas causas, naturais, acidentais, etc., passam a ser todos, ou quase, de origem criminosa, como se fossemos o país do Mundo com mais pirómanos por metro quadrado. No meio esquecem-se que as alterações climáticas, a desertificação e o deliberado esquecimento em apostar na prevenção são uma das principais causas deste fenómeno atingir estas proporções. Fico por aqui, porque me largarão o fogo, aqueles que tendo acesso aos holofotes da CS irão reivindicar mais meios, dinheiro e a inclusão nas estruturas de comando de uns tantos adjuntos do adjunto e por aí fora até haver fundos que os suportem. Esquecidos como sempre, ficarão os proprietários florestais que não contam, descontam.
  • Agir?..um dia...
    09 ago, 2016 Porto 09:29
    Ora bem...depois de o País estar fustigado pelo fogo desde Sabado, depois de varios distritos terem declarado emergencia e accionado os meios todos ao dispor sem conseguir fazer face á calamidade. Após a evacuação de hospitais e casas perdidas. Eis que o Sr. Primeiro Ministro a banhos no Algarve resolve (após terminar as férias, regressa para a reunião com o Presidente da Republica) ir á protecção civel para saber mais sobre os incendios. E pior ainda, sem antes ter uma palavra sobre o que se passa na pasta sobre a sua tutela, o Sr Costa leva consigo a ministra da Administração Interna...Fosse noutro tempo e com outros a governar e já teriamos os Srs do PCP e do BE aos gritos e a pedir explicações ao Sr Coelho mas, agora não se pode falar...só susurrar e tem que ser mesmo muuiiito baixinho...os Secretarios de estado nada fizeram de errado, a Senhora ministra nada fez quanto aos fogos, logo, se nada fez de nada tem culpa e o Sr 1ª estava de férias...Vá lá, que logo veremos estes senhores a apontar o dedo ao anterior governo que não preparou as coisas e cortou meios de combate e eles...pois, eles, eles só chegaram o ano passado e estiveram tão ocupados a desfazer o que o anterior governo tinha feito para pagar os favores á esquerda PCP e aos anárquicos do BE que se esqueceram de que Portugal é um País sob fogo, verão atrás de verão!
  • Joao
    09 ago, 2016 Coimbra 08:00
    Vale mais tarde que nunca. O Sec. Estado não disse ontem que estava tudo controlado? Se fosse noutro tempo caia o Carmo e a Trindade... e o Sr. Fernando Curto dos Bomb. Prof. nao saia das TV. Diferenças!
  • Domingos
    09 ago, 2016 Ancora 07:47
    Temos políticos que são uma anedota!

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