15 ago, 2016 - 15:20
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O presidente da Câmara de Arouca, José Artur Neves, estima que os prejuízos directos do incêndio em Arouca, no distrito de Aveiro, possam ultrapassar os 120 milhões de euros.
A maior parte deste valor, mais de 117 milhões de euros, está ligada a prejuízos em actividades florestais: 12.000 hectares de eucalipto, 5.000 de pinheiro que arderam e custos em novas plantações.
"Cinquenta e oito por cento da nossa floresta ficou destruída e isso acarreta um grande prejuízo, com a agravante de que as celuloses não estão a receber madeira queimada", disse o autarca aos jornalistas esta segunda-feira, adiantando que a floresta é um dos pilares da economia do município.
O valor inclui também o investimento necessário para recuperar os cerca de 600 metros de Passadiços do Paiva que arderam. Salientando que os passadiços do Paiva "constituem um dos principais ícones da economia turística", José Artur Neves adiantou vai tentar resolver o problema no imediato.
O autarca referiu ainda 1.185 cabeças de gado não vão ter onde pastar nos próximos sete meses, porque quase toda a área de pastoreio na serra ardeu, e há ainda prejuízos no sector do turismo – estima-se que até Dezembro de 2016 haja um custo de 4,5 milhões de euros para a economia local.
"O território é Geopark Mundial da Unesco", destacou, acrescentando que será necessário recuperar 89% da rede natural de Arouca.
Por calcular estão os prejuízos relacionados com os apiários que arderam e o número de famílias afectadas, as habitações e viaturas ardidas e os animais que se perderam.
José Artur Neves esteve esta segunda-feira em reunião com o primeiro-ministro, António Costa, no quartel dos Bombeiros de Arouca, juntamente com os presidentes de Câmara de Águeda e Castelo de Paiva (distrito de Aveiro) e São Pedro do Sul e Castro Daire (distrito de Viseu), municípios que também foram fustigados pelos incêndios.