15 ago, 2016 - 22:02
O comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) defende que a abertura de um inquérito ao combate às chamas em São Pedro do Sul, Viseu, foi uma "extraordinária decisão", acrescentando que foi feito um excelente trabalho.
"Acho que a abertura do inquérito foi uma extraordinária decisão, porque vai permitir [mostrar] a excelência do trabalho que o combate realizou nesse incêndio", defendeu José Manuel Moura, em declarações aos jornalistas.
O responsável reagiu assim ao anúncio, por parte do primeiro-ministro, António Costa, da abertura de um inquérito para apurar o que correu mal com o início do combate ao incêndio em São Pedro do Sul, Viseu, na sequência das críticas feitas pelo presidente da Câmara.
Para José Manuel Moura foi feito um "extraordinário trabalho" no combate às chamas em São Pedro do Sul, um incêndio com "uma dimensão enorme", "de uma grande complexidade".
"Esse inquérito vai relevar a excelência do trabalho que ali foi executado", sublinhou.
Questionado sobre se concordava ou não com as críticas feitas pelo autarca, que lamentou a falta de meios e denunciou o facto de o início de o combate às chamas ter sido feito apenas com "a prata da casa", José Manuel Moura disse que espera que o inquérito mostre "as responsabilidades de todos os intervenientes".
"Tudo o que foi feito foi tudo muito bem feito, e o inquérito vai demonstrar isso", defendeu.
Questionado sobre as avarias de um dos dois aviões russos Beriev e do Canadair marroquino, temporariamente fora de serviço, o responsável explicou que o problema do avião marroquino teve a ver com as muitas horas em que esteve a voar, mas que o problema já foi resolvido, e o avião esteve outra vez operacional durante o dia de hoje.
Já o avião russo, teve uma "inoperacionalidade mais significativa", o que fez com que, durante o dia de hoje, só estivesse um dos aviões Beriev a operar no combate às chamas.
De acordo com José Manuel Moura, trata-se de uma avaria "que ainda vai demorar algum tempo" a resolver, razão pela qual não soube dizer quando é que o aparelho volta a estar disponível para combater os incêndios.
Relativamente aos proprietários que negam o acesso a água no combate às chamas, o comandante operacional nacional da ANPC disse que esta é uma situação que sempre ocorreu, mas que não tem expressão, negando que alguma vez tenha posto em causa o trabalho de quem combate os incêndios.