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Viana perde 30% de floresta e quer limite para reflorestação de eucaliptos

17 ago, 2016 - 10:40

"Perante situações excepcionais, riscos excepcionais, os incêndios excepcionais, é urgente que haja medidas de excepção".

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O presidente da Câmara de Viana do Castelo apelou ao Ministério da Agricultura para "impor limites à reflorestação de eucaliptos" depois de ter perdido 30% da área florestal do concelho nos incêndios da última semana.

O autarca socialista José Maria Costa explicou que os fogos que fustigaram o concelho na semana passada consumiram "cerca de seis mil hectares de floresta" e que "perante situações excepcionais, riscos excepcionais, os incêndios excepcionais, é urgente que haja medidas de excepção".

"É preciso que, de uma vez por todas, se aposte em espécies autóctones, mais resilientes ao fogo e com menos riscos para a população, para os bombeiros e para o ambiente", sustentou na nota enviada esta quarta-feira.

No documento, o município explicou que o Plano Director Municipal (PDM) de Viana do Castelo "tem, no seu regulamento, regras orientadoras sobre o tipo de espécies arbóreas a utilizar em espaço florestal mas que não têm força impositiva", apelando ao Ministério da Agricultura para que lhes dê "força vinculativa".

A autarquia quer ainda que no "Programa de Reflorestação apresentado recentemente pelo Governo, a plantação de eucaliptos seja interditada".

A posição da Câmara da capital do Alto Minho surge na sequência de uma reunião do Gabinete Técnico Florestal para balanço dos prejuízos causados pelos incêndios.

"A velocidade de propagação dos incêndios dificultou o combate pelo facto da floresta predominante ser de eucaliptos, uma espécie altamente inflamável e cuja folhagem emite projecções a grandes distâncias e com muita intensidade, o que dificultou a defesa de pessoas e bens e permitiu o alastramento do incêndio a grandes áreas florestais", sustentou o município.

A orografia do concelho, "muito acidentada, com zonas clivosas a ultrapassar em muitos casos os 30%, associado a linhas de água" é outro dos argumentos apontados pela Câmara para sustentar o pedido feito ao Ministério da Agricultura para impor limites à "produção ou plantação de eucaliptos".

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  • A. Aveiro
    17 ago, 2016 Aveiro 14:49
    Ao Sr. Presidente da Camara Municipal de Viana do Castelo, aqui lhe deixo o meu reconhecimento de pessoa lúcida e de razão. Pena é que no nosso querido País, não hajam mais pessoas com responsabilidade politicas a pensar como o SENHOR. Sabemos que os interesses instalados são mais que muitos, contudo, só temos o nosso espaço geográfico deixado pelos nosso antepassados, por isso, é correto protege-lo em veneficio de todos. Parabéns e não deixe de lutar por aquilo que é correto. O SENHOR está certo, aqueles que não entenderem as suas preocupações e orientação sóbria , só podem ser irresponsáveis, sem visão do perigo que representa esta plantação de eucalipto desordenada, ou então acometidos pela ganancia do lucro fácil
  • 17 ago, 2016 13:29
    Nao somente mas o problema dos eucaliptos e a propagacao de gaz que se inflama a varias centenas de metros. Acho muito bem que sejam proibidos ou entao com regras adequadas

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