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Empresas estarão a obrigar estagiários a devolver parte do salário

22 ago, 2016 - 07:39

Um estagiário licenciado recebe 691 euros brutos por mês, dos quais até 400 podem acabar devolvidos ao patrão, por debaixo da mesa. Arquitectura, advocacia e psicologia são as áreas mais afectadas.

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Há fraudes nos estágios profissionais do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Segundo o “Jornal de Notícias”, há patrões a exigir aos estagiários que devolvam a comparticipação da empresa no salário.

Esta parte oscila entre 20% e 35% do salário do estagiário. Acresce que alguns patrões ainda exigem que sejam os estagiários a pagar a taxa social única (23,75%), que corresponde à entidade empregadora.

A denúncia é feita ao jornal pelo presidente do Conselho Nacional da Juventude, Hugo Carvalho, para quem o esquema configura uma autêntica lavagem de dinheiro. Mas não há qualquer queixa formalizada, porque os jovens precisam destes estágios, acrescenta.

Ao JN, o IEFP, organismo que gere a atribuição dos estágios profissionais e que assegura a maior fatia do subsídio, diz desconhecer a prática.

Os sectores profissionais mais afectados são arquitectura, pequeno comércio, psicologia e advocacia. Apenas a Ordem dos Psicólogos diz ter conhecimento daquele tipo de fraude, o que a levou a implementar, há três anos, um plano para a combater que consiste numa equipa para vigiar as 3.500 empresas com quem a Ordem tem acordo.

Ao jornal, o Conselho Nacional da Juventude diz suspeitar ainda da prática de fraude fiscal por parte das empresas que exercem aquele tipo de pressão sobre os estagiários.

Um estagiário com licenciatura recebe 691 euros mensais brutos. As devoluções impostas pela entidade empregadora podem ir até 400 euros. Tudo por debaixo da mesa.

Comentários
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  • Pinto
    23 ago, 2016 Custoias 01:52
    Se os patrões fossem honestos, o país não tinha desempregados.
  • Pinto
    23 ago, 2016 Custoias 01:43
    Neste país paga-se para trabalhar, existem contractos colectivos congelados desde 1998, os motoristas têm o subsídio de alimentação que não dá para almoçar nem jantar, por isso é normal verem camiões parados e os motoristas a comerem da marmita.
  • ao vasco
    22 ago, 2016 lx 14:01
    Dw viseu. Deve ser mais um mamão, patrão da treta no cavaquistão, a querer viver do erario publico privatizado, se possivel!...
  • Joao
    22 ago, 2016 Porto 13:00
    A verdadeira corja de portugueses está aqui. Chico espertos tugas. Está no sangue.
  • Vasco
    22 ago, 2016 Viseu 12:45
    Por via dos enormes sacrifícios que muitos dos Senhores empresários têm que fazer para dar formação e tornar estes estagiários altamente qualificados, a troco de quase nada, os nossos Governantes deveriam começar por isentar os Senhores Empresários de todo e qualquer Imposto, aumentar de uma forma visível o valor dos subsídios, que nesta data são uma verdadeira miséria e para que tal acontecesse a solução é extremamente simples, basta que de uma vez por todas tributem de uma forma firme e eficaz os trabalhadores por conta de outrem, que esses sim é que terão de contribuir para melhorar a economia e para o desenvolvimento deste País. Acreditem ou não ainda temos infelizmente alguns senhores empresários que nunca foram passar um mesito de férias ao Algarve, residem em simples apartamentos e para cúmulo alguns há que apenas possuem dois ou três carritos, mas todos de média gama. Haja portanto justiça neste Pais e o seu a seu dono
  • Pato bravo
    22 ago, 2016 mil homens 12:32
    Meus caros: tenho uma filha que já passou por esta situação. A razão porque os estagiários não denunciam estes roubos, é simples: São chantageados pelos patrões, que caso não aceitem estas condições, jamais terão emprego. Mas vamos lá ver a questão: O ESTADO sabe bem destas patifarias, contudo, só ladra, porque no fundo faz o mesmo com os seus funcionários, que aliás, à medida que se vão reformando, vai dando lugar a outros funcionários através de empresas a quem paga contratos elevadíssimos, onde cada trabalhador sai mais caro ao Estado, para mais que o dobro, do que pagaria. è de notar, que muitas destas empresas pertencem a gente politica, portanto, o que querem vocês? Claro que esta juventude tem de ser "covarde", mas pergunto: QUE FAZEM OS VIGARISTAS DOS SINDICATOS?
  • Luis
    22 ago, 2016 Lisboa 12:14
    Empresarios? Empresarios, verdadeiramente temos poucos. O que temos muito é semi analfabetos que nem para limpar as matas serviam que se batem como "grandes empresarios" só porque têm um negociozito de caca num vão de escada. Pagam ordenados de miseria, têm pessimas condições de trabalho, obrigam os trabalhadores a trabalhar as horas que eles querem, não fazem descontos, não pagam a fornecedores, fogem ao fisco como o diabo foge da cruz, fazem concorrência desleal e ainda por cima tratam os trabalhadores como cães. A maior parte deles ainda assobia quando fala e têm tanta aptidão empresarial como um cágado tem aptidão para voar. Para além de serem uma cambada de "trolhas" ainda têm a distinta lata de dizerem que a baixa "produtividade" do País se deve à baixa qualificação dos trabalhadores. A maior parte deles nem sabe o significado de produtividade. Em todo o mundo o trabalhador Português é reconhecido e quanto a empresarios? Os maiores empresarios que temos são merceiros e isso diz tudo.Portugal passou ao lado da revolução industrial tendo chegado ao principio do século XX dependendo quase apenas da Agricultura. Por sua vez a nossa classe empresarial nasce do facto dos filhos dos grandes agrarios não quererem trabalhar no campo (vida durissima) e terem que suportar o cheiro a bosta de vaca. É óbvio que nos ultimos anos as coisas estão a mudar e já começam a aparecer empresarios que já viram que isto já lá não vai com fabricas de àgua quente e fabricas de cascas de alho.
  • marko
    22 ago, 2016 porto 11:46
    E a ORDINARICE dos contratos de estágio? É assim, um licenciado em Ciências Farmaceuticas, já com pós-graduações, vai trabalhar para uma empresa assinando um contrato de estágio. A lei não obriga a entidade empregadora a fazer descontos para a Segurança Social. Porém, o trabalhador, pensando no seu futuro queria fazer esses descontos por sua conta. Para o efeito dirigiu-se à Seg. Social de Viana do Castelo, manifestando essa intenção de por sua iniciativa proceder aos respectivos descontos. Aqui, foi informado que tal não era possivel, na medida em que essa possibilidade só era permitida a emigrantes. Sugeriram ainda que a questão fosse colocada à ACT, o que foi feito. Aqui disseram que, se há um contrato estabelecido e remunerações recebidas, tem de haver os respectivos descontos. Porém, como disse atrás, a Lei, (as tais leis feitas à medida) dispensa a entidade empregadora de fazer os descontos. mas o ridiculo e absurdo, é nem sequer ser possível o trabalhador fazer descontos por sua própria iniciativa. Entende-se porquê, o Estado português é conivente com esta ESCRAVATURA, porque o trabalhador durante a vigencia daquele contrato, está TOTALMENTE desprotegido de qualquer proteção social, de baixa ou de desemprego, logo o Estado sai a ganhar com a escravatura. Mas mais grave, nesse espaço de tempo o trabalhador foi sujeito a uma cirurgia, sendo que teve de pagar taxas moderadoras durante todo o processo de recuperação.
  • OLP
    22 ago, 2016 Lisboa 11:30
    Em Portugal não há empresários portugueses. Há MAMÕES!
  • ricardo silva
    22 ago, 2016 chaves 10:54
    Empreendedorismo à la PAF. Foi assim que Passos Coelho combateu o desemprego jovem.

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