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Inquérito aos Kamov leva a demissão do presidente da Protecção Civil

06 set, 2016 - 10:43

Fernando Grave Pereira demitiu-se do cargo na sequência do inquérito ao caso dos helicópteros Kamov.

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O presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) demitiu-se do cargo na sequência do inquérito ao caso dos helicópteros Kamov. A informação já foi confirmada à Renascença por fonte ligada ao Ministério da Administração Interna.

Fernando Grave Pereira apresentou na segunda-feira à ministra da Administração Interna o pedido de demissão, que foi aceite de imediato.

A demissão está relacionada com o inquérito que no Verão do ano passado a ministra Anabela Rodrigues, do anterior Governo, determinou à Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) que abrisse para averiguar os problemas com os Kamov.

A abertura do inquérito surgiu depois de a ANPC ter detectado problemas "graves no estado das aeronaves", que ditaram a impossibilidade de os helicópteros estarem em plena condição de serem operados, durante o processo de transferência dos Kamov para a empresa que ganhou o concurso público de operação e manutenção dos aparelhos para os próximos quatro anos.

O inquérito incidia sobre "as circunstâncias descritas e apuradas durante o processo de consignação dos meios aéreos próprios pesados do Estado, tendo em vista o apuramento de responsabilidades a que haja lugar nesse âmbito".

Dos seis helicópteros Kamov da frota do Estado, apenas três estão aptos para voar, estando dois inoperacionais por avaria e outro acidentado desde 2012.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) deste ano conta com três Kamov estacionados em Braga, Santa Comba Dão e Ferreira do Zêzere, num total de 47 meios aéreos.

A ministra da Administração Interna anunciou, esta terça-feira, que seguiram para o Ministério Público os resultados do inquérito sobre a gestão dos meios aéreos.

[Notícia corrigida às 13h37. A ministra que determinou a abertura de um inquérito foi Anabela Rodrigues]

Comentários
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  • 07 set, 2016 Almada 00:05
    Como outras coisas, os kamov foram comprados pelo estado, logo com o dinheiro do povo, porque motivo se dá a empresas privadas a exploração dos ditos meios? Mas como isto há mais, pontes, auto-estradas etc, as chamads PPP.
  • Pedro Morais
    06 set, 2016 Belas 13:22
    Todos os negócios, principalmente os que são feitos com dinheiro alheio (nosso) , poderão chamar-se negociatas. Não dói tanto porque só são conhecidos pormenores de alguns (os que correm mal), mas o escândalo é generalizado. Um dia a coisa vai correr mal.
  • rosinda
    06 set, 2016 palmela 13:11
    Quando portugal esta a arder vai tudo de ferias!
  • rosinda
    06 set, 2016 palmela 13:08
    As explicacoes foram muito escassas! Tal como o psd eu quero saber mais!
  • paulo
    06 set, 2016 vfx 12:22
    Esta negociata dos Kamov desde o principio que não cheirava bem.....é só mais uma negociata entre tantas.O povo paga tudo.
  • rosinda
    06 set, 2016 palmela 11:57
    O dinheiro vai todo para os ordenados deles! Depois o que resta sao calhambeques desconcertados!
  • paulo fonseca
    06 set, 2016 lisboa 11:33
    "A demissão está relacionada com o inquérito que no verão do ano passado a ministra Constança Urbano de Sousa determinou à Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) que abrisse para averiguar os problemas com os Kamov.", convém que se confirme se no "verão do ano passado" a ministra era a referida na peça.
  • marcelino couto
    06 set, 2016 porto 11:27
    Como é possível ? ! Outra coisa não era de ser esperado . ...mas o povo é que paga sempre a fatura porque, os ... saiem sempre impunes . Coitados, são todos inocentes . O povo não. O povo é que é sempre o culpado , por isso, é quem paga sempre !

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