12 set, 2016 - 11:50
Uma inspecção aos cinco helicópteros “Kamov” do Estado terá detectado 99 falhas de segurança. A notícia é avançada esta segunda-feira pelo jornal "Público", segundo o qual as principais irregularidades são no controlo do tempo de vida útil das peças dos helicópteros, o que põe em causa a segurança dos voos.
O Exército não faz comentários a notícias divulgadas pela imprensa, mas o porta-voz confirma à Renascença que foi aberto um inquérito, ainda em curso, a dois militares envolvidos no caso.
O inquérito surge no seguimento da apresentação do relatório da Inspecção-geral da Administração Interna enviado ao chefe do Estado-Maior. Os inspectores terão detectado problemas na configuração do programa informático que regista ao pormenor todas as acções de manutenção, fundamental para conhecer a situação real e actualizada da operação dos helicópteros.
Outra anomalia detectadas estará relacionada com o "controlo ineficaz do processo de manutenção", o que pode ter levado à instalação nos “Kamov” de componentes que não cumpriam os requisitos, segundo a notícia do “Público”. Relata-se também incumprimentos no plano de auditorias para o ano de 2014.
A Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) responsabiliza três altos dirigentes da Autoridade Nacional de Protecção Civil, incluindo o presidente, que se demitiu há uma semana.
À agência Lusa, fonte do Ministério da Administração Interna revela que o relatório da IGAI tem "carácter sigiloso" e não adianta qualquer comentário.