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Dezassete militares desistiram do curso de Comandos

15 set, 2016 - 20:37

Curso retomado depois de todos os instruendos realizarem novos testes médicos. De recordar que golpe de calor levou à morte de dois militares.

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A RTP avança que 17 militares do 127º curso de Comandos desistiram no regresso aos treinos na serra da Carregueira, Sintra.

Os desistentes, todos militares do Exército, regressaram às unidades onde estavam colocados.

O curso esteve suspenso temporariamente por decisão do chefe do Estado-Maior do Exército na sequência da morte de dois instruendos, vítimas de um alegado “golpe de calor”. O general Rovisco Duarte mandou que todos fizessem testes médicos antes de ser retomado o curso.

Dois militares do 127.º curso de Comandos morreram e outros nove foram hospitalizados na sequência de um treino, realizado na zona de Alcochete, a 4 de Setembro.

O militar Hugo Abreu morreu no dia do treino, alegadamente devido a um "golpe de calor". A 10 de Setembro faleceu Dylan Araújo da Silva, militar que estava internado em estado muito grave, com complicações hepáticas, no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

O caso desencadeou investigações, instauradas quer pelo chefe do Estado-Maior do Exército quer pela Procuradoria-Geral da República. O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, suspendeu o curso para a realização de exames médicos aos formandos e a ordenar uma investigação para apurar o que correu mal.

Os 63 militares que realizaram os exames foram considerados aptos para prosseguir os treinos, disse à Renascença na quarta-feira o porta-voz do Exército, o tenente-coronel Vicente Pereira. O 127º curso foi retomado esta quinta-feira.


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Comentários
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  • Marco Almeida
    16 set, 2016 Olhão 12:26
    Ser Comando ou outra tropa especial qualquer não é para quem quer é para quem pode, sempre houve, há e haverá acidentes destes género, afinal são tropas especiais e não meninos de coro, treinam para a guerra e na guerra morre-se, mas com as guerras ninguém quer acabar, não dá jeito financeiramente, e a pessoa que mais detesta guerras por incrível que pareça são os militares, fui militar da Armada 25 anos com muito orgulho, vi muitos acidentes em serviço, são coisas que acontecem e ninguém pode prever. Condolências as familias enlutadas
  • barsanulfo
    16 set, 2016 alcains 11:03
    A noticia, o título, peca por parcialidade de informação. Nada que nos surpreenda, exceptuando um grupo cada vez menor de competentes jornalistas da nossa praça, os consagrados, as redacções quase todas hiper falidas e á mercê do "dono", estão repletas de "garotada" que vende o estágio sem vencimento, e conquista a carteira após muitas vírgulas encomendadas. Quantos são, seriam afinal os instruendos? Desistiram dezassete candidatos a "Rambo", assustados com a possibilidade de morrer, antes de completamente preparados para uma guerra que não temos, e será melhor que nunca venhamos a ter.Bastaria por exemplo, em caso de guerra com os nosso vizinhos espanhóis, que estes colocassem as suas tropas a urinar na fronteira, e os nossos "rambos" morreriam afogados. Ganhavam a guerra sem disparar um só tiro.E o que irá suceder aos srs. generais, coronéis, entre os quais escutei há dias um destes, que com voz grossa, afirmava á nação que a tropa prepara-se antes da guerra, em tentativa máscula e dinâmica, de justificar as mortes de dois jovens, que para o dito general valiam zero! Por este caminho, e ainda bem, teremos a prazo, uma nova extinção da "brava tropa comando". Não tem a nação, que sacrificar vidas de jovens numa guerra imaginária, para justificar o posto dos que nada arriscam, e ficam pelas cantinas a comer rancho.
  • Joaquim Cruz
    16 set, 2016 Salvaterra de Magos 10:24
    Pegando na notícia, presume-se que estes 17 instruendos, dos 63 que realizaram exames médicos e foram considerados aptos para prosseguir os treinos abdicaram de livre e espontânea vontade de continuar no curso!!! Tal como referido noutros comentários, parece uma decisão bastante acertada. A vida vale muito mais que uma "boina", seja ela vermelha, preta ou verde. Sei do que falo porque também eu, enquanto paraquedista assisti a cenas de brutalidade gratuita que iam muito para além do exigível em termos de formação militar especializada. Existe em todo o lado gente que, por vaidade ou por complexos de vária ordem, excede os limites do razoável sem que, na maioria dos casos, lhes seja imputada qualquer responsabilidade. Duvido bastante que, em resultado do inquérito/investigação em curso, alguém venha a ser responsabilizado pelas mortes e internamentos. Os senhores generais encarregar-se-ão de justificar o injustificável a bem da sua existência... A morte em instrução jamais será justificável, salvo se existirem razões de saúde mal aferida o que impõe, de qualquer modo, responsabilidades ao comandos. A ver vamos...
  • Rui
    16 set, 2016 Povoa 10:06
    Golpe de calor?? Se fosse isso... Havia centenas de bombeiros mortos por ano, que são sujeitos a calor extremo de dia e de noite... Digam a verdade... As mortes em anos anteriores tb foram golpes de calor? E pq acontece só nos comandos e não nas outras tropas especiais? Lá n há calor? Se tivessem aprendido com os erros e mortes anteriores teriam mudado muita coisa no plano de treinos e evitavam estas mortes E num curso que entram 65 homens, 2 morrem, 10 estão nos hospitais e 17 desistiram.... Que curso é este??
  • Miguel
    16 set, 2016 Vila Real 08:09
    17 em quantos? Em 20? Em 200? Completem a notícia, por favor. O significado é completamente diferente. E já agora, desistiram por opção pessoal, ou porque os novos exames médicos foram mais aprofundados? Exames físicos ou psicológicos? Uma notícia é mais do que um título chamativo e meia duzia de números.
  • Viva a anarquia!
    16 set, 2016 lisboa 02:23
    O Bloco de Esquerda é que tem razão! Viva a anarquia sem fronteiras nem exercito!
  • NB
    15 set, 2016 Portimão 23:56
    Sendo ex-militar, hoje é convicção que a vida vale MUUUUIIIITO MAIS que a treta de uma "boina" de comandos ou ranger ou fuzileiro, pátrias, bandeiras, medalhas, louvores, guerras... Alguém acredita hoje (Séc. XXI) que instrução de preparação para "supostas" guerras ainda se fazem de G3 ao ombro, ou a mostrar o percutor, ou a fazer duras semanas de campo, ou a fazer "marcor's" de 50kms, etc. etc. etc. ??? Brincadeirinhas...
  • filipe
    15 set, 2016 évora 23:23
    Se dizem que a causa da morte foi golpe de calor , não se percebe porque o resultado da autopsia não seja ainda conhecido , muitos jovens de hoje no desporto consomem anfetaminas e derivados da droga ou doping para lhes dar na mente o que o corpo não é capaz . Acho bem que façam exames na urina e sangue na agência ADOP , secalhar tem uma surpresa final .
  • Carlos Martins
    15 set, 2016 S. João do Estoril 23:09
    Desde sempre tem havido mortes em exercícios de instrução. É verdade que os tempos são outros mas, se se recuar no tempo, podemos encontrar várias situações em tudo semelhantes à que, lamentavelmente, aconteceu neste curso de comandos. Quantos casos houve durante a instrução, independentemente da especialidade e mesmo em tempo de recruta, no tempo da guerra colonial? A justificação para a dureza da instrução girava à volta de os instruendos, dentro de pouco tempo, estarem em cenário de guerra. No meu caso pessoal, estava presente em Mafra em junho de 1971, na altura em que morreram afogados 4 instruendos da recruta do COM, a que se pode juntar mais um "acidente" em que um instruendo ficou cego de um olho... Sem querer atribuir culpas a quem quer que seja, estou só a elencar casos que ocorreram durante a minha instrução militar no cumprimento do serviço militar obrigatório. Será que neste recente e trágico acontecimentos foram cumpridos todos os requisitos indispensáveis à admissão, para instrução de uma especialidade com estas características, para os instruendos poderem ser submetidos a exercícios com um elevado grau de dureza e em condições atmosféricas tão severas, bem como se os instrutores estariam devidamente habilitados. A única certeza que se pode ter, com inquéritos, com averiguações e com tudo o mais que foi feito, é que foram perdidas vidas de jovens na flor da idade. Condolências sentidas às famílias e amigos.
  • joaquim pereira
    15 set, 2016 entroncamento 22:46
    Se não estavam bem preparados física e mentalmente, fizeram muito bem, há que ter bom senso. E acredito que para desistir, também é preciso coragem.

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