19 set, 2016 - 10:21
A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) quer ver acelerado o processo de acolhimento de famílias.Em entrevista à Renascença, o responsável pela organização, Rui Marques, fez um apelo à Europa para que encontre rapidamente soluções, tanto mais que se aproxima o inverno.
“Está tudo muito lento. Precisamos de ser mais rápidos. Precisamos de ser mais céleres nesta reposta”, diz Rui Marques, lembrando ainda o apelo lançado pelo Papa há um ano, para que “cada comunidade, cada paróquia, cada organização de base comunitária possa tratar de acolher uma família de refugiados”.
“É o mínimo que podemos fazer por estas pessoas, para que possam recomeçar a sua vida. Nós, enquanto país europeu, todos os países europeus podemos dar essa resposta, devemos dar essa resposta”, acrescenta.
O coordenador quer também mostrar bons resultados de acolhimento e integração das famílias de refugiados quando o Papa vier a Portugal, em 2017.
“A Plataforma de Apoio aos Refugiados vai desafiar as comunidades portuguesas, desde logo as da Igreja Católica mas todas as que são mobilizadas pelo exemplo do Papa Francisco, para que quando o Papa nos visite em Maio do próximo ano possa receber uma das prendas que seguramente mais gostará: uma resposta mais maciça ao acolhimento de refugiados, mais paróquias, mais comunidades cristãs a tratarem de acolher uma família”, diz.
Até agora já foram acolhidas cerca de 120 famílias, número que gostariam de “pelo menos duplicar” até Maio “para que o Papa Francisco possa encontrar em Portugal quem tenha ouvido e dado resposta ao seu desafio”.
Para esta segunda-feira, a Plataforma de Apoio aos Refugiados tem agendada a apresentação dos resultados da missão que tem desenvolvido na Grécia.
A PAR está naquele país desde Fevereiro, onde tem 32 voluntários, empresas e instituições estão envolvidas em acções no terreno.