21 set, 2016 - 07:19
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou na terça-feira que Portugal vai contribuir com efectivos para a missão das Nações Unidas que vai monitorizar e verificar a aplicação do processo de paz na Colômbia.
Na sua intervenção na 71.ª sessão da Assembleia Geral das Nações, em Nova Iorque, o chefe de Estado saudou o acordo de paz alcançado entre o Governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
"Este acordo abre a porta à reconciliação nacional entre todos os colombianos convivendo em paz e no respeito pela lei e pela diferença de opinião. Contribuiremos por isso para o processo de paz com efectivos para a missão das Nações Unidas, e também financeiramente, através do Fundo Fiduciário da União Europeia", anunciou.
Na sequência desse acordo, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade, na semana passada, os detalhes da missão que vai acompanhar a aplicação dos acordos de paz.
A criação da missão, que integrará o dispositivo internacional do mecanismo tripartido para supervisionar o cessar-fogo, foi criada em Janeiro.
Na reunião da semana passada, os 15 membros do Conselho assinalam especificamente o seu apoio à proposta do secretário-geral para que a ONU partilhe com o Governo colombiano o custo das instalações e serviços que serão utilizados em conjunto pelo pessoal internacional e nacional.
A operação inclui cerca de 450 observadores, na sua maioria latino-americanos, e com alguns já enviados para o terreno.
Em 24 de Agosto, o Governo de Bogotá e as FARC anunciaram um acordo que põe termo a 52 anos de conflito armado e que será assinado oficialmente em 26 de Setembro na cidade colombiana de Cartagena de Índias.
No entanto, a aprovação do acordo terá de ser legitimada por um referendo que vai decorrer a 2 de Outubro.
No seu discurso na Assembleia Geral, Marcelo Rebelo de Sousa referiu também que a Colômbia é um "país parceiro de Portugal nas cimeiras ibero-americanas".