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Demitiu-se presidente do Instituto Português do Sangue

21 set, 2016 - 19:32

Hélder Trindade invocou "razões pessoais".

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Demitiu-se o presidente do Instituto Português do Sangue. Hélder Trindade pediu para sair por "razões pessoais", segundo confirmou à Renascença fonte oficial do Ministério da Saúde.

A notícia da demissão do especialista em transplantação começou a circular ao início da tarde, num comunicado emitido pela Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro (ADASCA).

A Renascença tem tentado falar com Hélder Trindade, mas até agora sem sucesso.

O pedido de demissão ocorre poucos dias depois de a Direcção-Geral da Saúde (DGS) ter divulgado uma norma de orientação clínica no sentido de permitir a dádiva de sangue por parte de homossexuais e bissexuais, embora condicionada a um período de abstinência de um ano.

Estas novas regras vêm pôr fim à proibição total de homens que fazem sexo com homens (HSH) - homossexuais e bissexuais - poderem dar sangue, passando aquilo que é hoje considerado como “critério de suspensão definitiva” para “critério de suspensão temporária”.

Na prática, os HSH passam a poder ser dadores de sangue, estando sujeitos à aplicação de um período de suspensão temporária de 12 meses após o último contacto sexual, com avaliação analítica posterior.

A norma, publicada na página da DGS na segunda-feira, vem também estabelecer um período de suspensão de 12 meses após o último contacto sexual para pessoas que tenham tido parceiros portadores de infeção por VIH, hepatite B e hepatite C.

Hélder Trindade já tinha sido contestado pelo Bloco de Esquerda em 2015, por este ter afirmado que só admitia dadores homossexuais que fossem abstinentes.

Comentários
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  • Utente
    22 set, 2016 lisboa 09:04
    Dentro dos direitos e deveres dos doentes está implícito a aceitação de tratamentos e intervenções invasivas.espero que na aceitação entre outras coisas perguntem aos doentes se aceitam transfusoes deste tipo.As ditaduras nunca deram bons resultados.O doente tem direito á escolha isto é uma imposição fascista radical e uma ingerência nos direitos individuais eu diria até inconstituicinal pois limita o direito á escolha.
  • Francisco
    22 set, 2016 Porto 00:22
    Presumo que a demissão se deverá a uma decisão politica deste governo de bloco ! Então os gays já podem ser dadores de sangue ! Um grupo considerado de alto risco ! Eu sou dador hà 20 anos e quando faço uma endoscopia fico impedido de doar sangue por um período de 6 meses ! Se estiver constipado também sou recusado ! Está tudo dito !

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