05 out, 2016 - 16:52
Veja também:
“É a pessoa certa no lugar certo”. É a reacção do primeiro-ministro, António Costa, ao resultado de António Guterres na votação desta quarta-feira no Conselho de Segurança, na qual não obteve qualquer veto por parte dos cinco membros permanentes.
“Acho que as Nações Unidas prestigiaram muito fazendo respeitar o valor da transparência e credibilidade dos processos. Era uma pena que a Nações Unidas tivessem prejudicado a forma transparente como tudo decorreu à última hora. Acho que esta votação demonstrou bem que podemos confiar nas Nações Unidas”, afirmou António Costa aos jornalistas.
A candidatura do antigo primeiro-ministro português pareceu ameaçada com a chegada, à última hora, da candidata Kristalina Georgieva, da Bulgária.
Esta quarta-feira, depois da votação no Conselho de Segurança, a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU disse que os 15 países-membros do Conselho de Segurança decidiram unir-se em volta de António Guterres devido às provas que deu na sua carreira e durante a campanha.
"As pessoas queriam unir-se em volta de uma pessoa que impressionou ao longo de todo o processo e impressionou a vários níveis de serviço", afirmou Samantha Powell aos jornalistas.
António Guterres ficou à frente com 13 votos de encorajamento e não recolheu qualquer veto.
O Conselho de Segurança, através do embaixador russo (porque a Rússia assume nesta altura a presidência do Conselho) e com a presença de todos os outros embaixadores, anunciou que o português era o "vencedor claro".
"Hoje, depois da sexta votação, temos um claro favorito e o seu nome é António Guterres e decidimos avançar para o voto formal amanhã às 10h00 e esperamos que seja feito por aclamação. Amanhã de manhã, o voto por aclamação, e o desejo de que o senhor Guterres cumpra bem as suas funções enquanto secretário-geral das Nações Unidos nos próximos cinco anos", disse Vitaly Churkin.
Depois de cinco votações em que os votos dos 15 membros eram indiscriminados, os votos dos membros permanentes (China, Rússia, França, Reino Unido e Estados Unidos) foram destacados pela primeira vez, sendo assim possível confirmar se havia algum veto.
António Guterres venceu as cinco primeiras votações para o cargo, que aconteceram a 21 de Julho, 5 de Agosto, 29 de Agosto, 9 de Setembro e 26 de Setembro.