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Portugal tem a maior incidência de tuberculose da Europa Ocidental

13 out, 2016 - 17:42

De acordo com os dados avançados pela OMS, em 2015, Portugal registou 23 casos da doença por cem mil habitantes.

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Portugal tem a maior taxa de incidência de tuberculose da Europa Ocidental, indica o relatório global da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado esta quinta-feira.

De acordo com os dados avançados pela OMS, em 2015, Portugal registou 23 casos da doença por cem mil habitantes.

Portugal foi, em termos europeus, apenas superado por países do Leste como Rússia, Roménia, Moldávia, Geórgia, Ucrânia, Bósnia-Herzegovina, Arménia, Bielorrússia, Letónia e Lituânia, com taxas de incidência superiores à da região europeia, que foi de 36 casos por cem mil habitantes.

Apesar da prevalência em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde (DGSaúde) realçou, em Março, na divulgação de dados sobre a infecção, que o país atingiu, no ano passado, o número mais baixo de sempre de casos de tuberculose.

O relatório da OMS refere que, em Portugal, a taxa de mortalidade por tuberculose era, em 2015, de 2,1 casos por cem mil habitantes.

Na região da Europa, a taxa de mortalidade estimada foi de 3,5 casos por cem mil habitantes, tendo sido ultrapassada nos países do Leste.

A coordenadora do Programa Nacional de Combate à Tuberculose, Raquel Duarte, disse anteriormente que vão continuar a surgir, em Portugal, surtos de tuberculose esporádicos em alguns locais, como prisões ou determinados bairros, que são precisamente característicos de incidências de infecção mais baixas.

Segundo a DGSaúde, a tuberculose começa a ser uma doença que não está em toda a comunidade, mas nalguns grupos de risco e mais concentrada em algumas áreas geográficas, sobretudo nas zonas urbanas de Lisboa e Porto.

Para Raquel Duarte, uma das prioridades passará por diminuir o tempo que demora entre o aparecimento dos sintomas e o diagnóstico da doença. A outra será aumentar a adesão aos tratamentos, sobretudo entre os grupos populacionais mais vulneráveis e resistentes à terapêutica, como sem-abrigo, consumidores de droga, reclusos e infectados com o vírus da Sida.

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