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Mortes nos comandos. Exército instaura dois processos disciplinares

20 out, 2016 - 20:39

Averiguações detectaram "indícios da prática de infração disciplinar", avança o porta-voz do Exército.

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O Exército anunciou esta quinta-feira a abertura de dois processos disciplinares na sequência das duas mortes durante o 12.º Curso de Comandos.

"Na sequência dos processos de averiguações instaurados no âmbito do 127º Curso de Comandos e tendo-se apurado nos mesmos indícios da prática de infracção disciplinar, foi determinada a abertura, até à presente data, de dois processos disciplinares pelo Comandante das Forças Terrestres", refere um comunicado assinado pelo porta-voz do Exército, o tenente-coronel Vicente Pereira.

Não são avançados mais pormenores, nomeadamente quem são os militares envolvidos ou qual a natureza das infracções.

A abertura de um processo disciplinar não implica a suspensão de funções.

No início do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, a 4 de Setembro, dois militares morreram e vários outros receberam assistência hospitalar.

Além do processo de averiguações interno aberto pelo Exército, que ditou estes dois processos disciplinares, as mortes estão ainda a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Militar.

Para além deste inquérito, decorre uma inspecção técnica extraordinária que incide sobre os referenciais do curso e o processo de selecção.

Até estar concluída essa inspecção, está suspensa a realização de mais cursos.

No total, segundo o Exército, depois de vários pedidos de desistência e eliminações, permanecem no 127.º Curso de Comandos 30 dos 67 formandos iniciais.

[notícia actualizada às 21h53]

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  • Pinto
    25 out, 2016 Custoias 21:34
    Mais mal foi de quem morrei, os doutores neste país são protegidos.
  • Vasco
    21 out, 2016 Santarém 23:29
    Penso que todo o país estará à espera de uma conclusão sobre este caso e que os responsáveis não fiquem apenas por um simples processo disciplinar, segundo ao que tudo parece pelo relato dos acontecimentos que têm vindo na comunicação social estaremos talvez perante um ato criminal que ao confirmar-se terão os responsáveis que ser devidamente punidos e não me esqueço da minha passagem pelas forças armadas e por Angola de que um pequeno erro de um soldado poderia levar a uma pesada condenação, agora perante este caso esperamos que a hierarquia militar não se empenhe em defender algum dos muitos mal humorados e mal comportados senhores com divisas ou galões sobre os ombros que refugiados nesse poder usam e abusam porque a acontecer transmitirão ao país uma reles imagem daquilo que sempre deveria ter sido um exemplo nacional que são as F.A. mas que infelizmente nem sempre assim foi devido a algumas ovelhas ranhosas sem formação moral considerando-se os senhores todos poderosos deste mundo e refiro-me especialmente sobretudo a alguns de alta patente.
  • graciano
    21 out, 2016 alemanha 16:11
    nessa historia de um golpe de calor nem o diabo acredita porque se calor mata se nos que cumprimos servico militar na guine teriamos morrido todos lembro que saimos do aeroporto de lisboa no dia 28 de fevereiro de 1972 estavamos cheios de frio e passadas 4 horas estavamos em bissau com temperatura de mais de 40 graus ao outro dia fomos para a cidade de bolama onde estivemos 1 mes nao tinhamos agua e ninguem morreu com o calor oncordo com quem diz que ha oficiais que deviam estar na prisao ou no maniconio pois nos tivemos la na guine um alferes que ate era advogado que penssava ser um rei cometeu varias injusticas connosco pessoal de transmissoes mas vou aqui contar uma a minha companhia era a ccs do bat3883 situada em piche tinhamos la 3 plotoes de milicias que quando iam para o mato iam sem radio entao o alferes resolveu obrigarnos a ir para o mato com eles e la ia eu soldado branco no meio de 30 milicias ate que um dia o comandante da coop esteve la no posto radio a falar comigo e quando eu lhe disse que ia para o mato com a milicia ele me disse que eu ia porque queria ir porque ninguem me pudia obrigar a ir pro mato porque eu era da ccs e muito menos com a milicia passados uns dias fomos atacados por volta da meia noite e o alferes mandou me equipar para ir pro mato com a milicia do sor eu neguei me a ir ele quase me batia e me ameacou com um conselho de guerra eu disse lhe meu alferes eu vou pro mato se o meu alferes tambem for entao ele disse me vou chamar continua
  • 21 out, 2016 14:56
    Ó Catarina pedem a demissão do ministro, do CEME e do CMDT dos comandos ou é tudo paz e amor???
  • António Rodrigues
    21 out, 2016 Viana 13:52
    Alguns "militares" agem tal e qual como as "praxantes" nas universidades. "Pensam" que é tudo deles... e que podem fazer o que quiserem. Os pseudo estudantes consideram que a praxe é um direito. Devem ter problemas de infância não resolvidos com os pais ou afins. Mas de fácil resolução: proíbam-se as praxes. Com alguns "militares" deve passar-se o mesmo.... É claro que ser comando exige excelente preparação física. É assim, ponto e deve ser assim. O problema começa com alguns "militares, oficiais instrutores. Se calhar deviam ser tratados psicologicamente... E só agora é que resolveram abrir processos??????????????? Cumpri o serviço .militar durante 3 anos antes do 25 abril. Só para que conste.
  • Luis
    21 out, 2016 Lisboa 12:16
    Qual a razão porque o meu comentario não foi colocado. Ofendi as virgens dos militares? Escrevi alguma mentira?. Fiz trinta e seis meses de tropa com dois anos na Guiné em zona quente. Sei muito bem o que são alguns militares. Apesar de não serem a maioria são demasiados para envergonhar a classe que até os protege.
  • Judite Gonçalves
    21 out, 2016 Barreiro 11:58
    Finalmente a instauração de um processo disciplinar. Porque não é tolerável que morram dois soldados, dos seres humanos. Possivelmente filhos de pais que os criaram com tanto amor e que nada seja feito para que os responsáveis sejam punidos. Na tropa como nas praxes académicas e como em caso tudo quem está mais acima, ou há mais tempo acha que tem mais poder e usa esse poder para achincalhar os outros. Como é possível que quem dirige estes cursos não se lembro do percurso que teve de percorrer para chegar a onde está, não seja capaz de se colocar nem por um minuto na pele do seu semelhante, na pele do sue próximo. Estes processos e inqueridos já deviam estar a andar há mais tempo e os suspeitos deviam ter logo sido suspensos e repreendidos. Agora que se faça justiça e que os culpados sejam punidos, embora ninguém traga estas vidas de volta, por mais que se faça ninguém levam estes jovens de volta aos pais. Onde quer que se esteja e quem quer que seja, tenha o poder que tiver, ganhe o dinheiro que ganhar não se pode esquecer de tratar os outros como seres humanos, como seus semelhantes. Este esquecimento leva à tirania destes que acham que são donos do poder absoluto nas instituições onde trabalham, ou estudam.
  • Zorro
    21 out, 2016 Azambuja 11:18
    É isso mesmo Sr. Rui Palmela. Eu fiz um curso semelhante em 1963 e alguns instrutores foram em meu entender destilar os seus traumas nos instruendos. Isto em tempo de guerra que se tinham de preparar os soldados para combater a sério. Agora em que isto é a brincar é que ainda aparecem alguns cretinos a quererem ser RAMBOS. Depois do meu curso dei 3 recrutas seguidas como instrutor e não exigi nada aos meus instruendos que eu não fizesse primeiro e para exemplificar. Pede-se às chefias superiores para irem monitorizando no terreno aquilo que se passa, sob pena de estas situações se repetirem, quando não são benéficas para ninguém. No meu curso de sargentos milicianos, um aspirante com manias de Rambo, obrigou um colega meu com uma entorse num pulso a saltar o galho, Conclusão. Sem força no pulso e com dores não conseguiu agarrar-se ao galho e estatelou-se no chão. Mau, muito mau, porque fracturou a coluna vertebral ficou em cadeira de rodas. Deve haver pessoas que como eu tenham histórias talvez até mais pertinentes para constarem aqui. Desafio essas pessoas a relatarem aqui o que lhes aconteceu e lhes pareceu anormal.
  • Rui Palmela
    21 out, 2016 Setubal 08:40
    Infelizmente há muita falta de compostura humana nos oficiais e sargentos na vida militar que tratam os soldados abaixo de cão e exigem deles coisas que eles próprios não fazem por altura da instrução. Que os responsáveis pelas mortes dos dois militares sejam devidamente castigados e condenados pelos seus actos.

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