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Ministério Público chama dois militares para interrogatório no caso da morte dos comandos

25 out, 2016 - 14:40

Não há confirmação de que os dois militares alvo de processo disciplinar no interior do Exército sejam os mesmos que vão ser esta tarde ouvidos pelo MP.

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A Procuradoria-Geral da República confirmou esta terça-feira à Renascença que chamou para interrogatório pelo Ministério Público (MP) de dois militares, no âmbito do inquérito onde se investigam as circunstâncias do treino que levaram à morte de alunos do curso de Comandos.

Até ao momento não há confirmação de que os dois militares alvo de processo disciplinar no interior do Exército sejam os mesmos que vão ser esta tarde ouvidos pelo MP. O semanário "Expresso" cita fonte da investigação revelando que os dois militares são enfermeiros dos comandos que estariam na assistência ao treino do qual resultaram as mortes, e que serão constituídos arguidos.

A Renascença está a procurar esclarecer este dado junto da Procuradoria-Geral da República.

Dois militares morreram na sequência do treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que teve início no dia 4 de Setembro, e vários outros receberam assistência hospitalar.

Além do processo interno de averiguações aberto pelo Exército, que ditou até ao momento dois processos disciplinares, as mortes estão ainda a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Militar.

Para além deste inquérito, decorre uma inspecção técnica extraordinária que incide sobre os referenciais do curso e o processo de selecção.

Até estar concluída essa inspecção, está suspensa a realização de mais cursos de comandos.

O processo de averiguações às circunstâncias da morte de dois instruendos no início do 127.º curso de Comandos "é de natureza secreta até à acusação", segundo frisou o porta-voz do Exército, na resposta enviada à Lusa.

Ordem dos Médicos abriu inquérito disciplinar a médico dos Comandos

A Ordem dos Médicos abriu um inquérito disciplinar para averiguar o envolvimento do médico escalado para os exercícios na sequência dos quais dois militares morreram em Setembro e vários receberam assistência hospitalar.

De acordo com o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, o inquérito disciplinar foi aberto com o objectivo de apurar "a envolvência" de um médico durante o treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que começou a 4 de Setembro.

Em causa está a actuação do capitão Miguel Onofre Domingos, médico dos Comandos, que, segundo a edição de hoje do “Correio da Manhã”, terá ordenado a quatro militares que tinham desfalecido para rastejarem até à ambulância.

O médico terá depois saído durante duas horas, "deixando 25 vítimas - que considerou não urgentes - na tenda com dois enfermeiros", segundo o jornal.

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  • JUSTIÇA ?
    26 out, 2016 Coimbra 05:01
    E como sempre, são a RAIA MIUDA QUE VAI PARA OS CORNOS DO BOI . Já por aqui foi dito que o médico os obrigou a rastejarem para a ambulância e já em estado quase de morte e afinal são os enfermeiros a pagar as favas ? E quem é que os obrigou a engolir TERRA, quem foi ? E quem é que os pôs à parte a fazer instrução ? Onde está o tal sargento, que segundo por aqui foi dito que já tinha andado a dar palmadas numa das vitimas , onde está esse sargento ? Os ENFERMEIROS SÓ FAZEM O QUE O MÉDICO MANDA E NADA MAIS.
  • Luis
    25 out, 2016 Lisboa 16:52
    Como é do conhecimento geral a guerra na Guiné foi muito dura. Exceptuando os Comandos Africanos a tropa especial metropolitana Comandos, Páras e Fusos tinham o mesmo nivel operacional e todos cumpriram de igual modo o seu dever apesar de actuarem muitas vezes com meios, com formas e em terrenos distintos. Todos tiveram os seus mortos e honra se lhes deve prestar. Penso que em tempo de paz continuam a manter todos o mesmo nivel operacional. Sendo assim é imperioso saber qual a razão porque é que nos cursos dos Páras e dos Fusos não se verificam os "acidentes" que se verificam nos Comandos. Alguém ao mais alto nivel no exercito tem que responder por isto. Não se podem culpar os faxineiros e muito menos o sol, o calor, a terra e sei lá mais o quê.
  • Luis
    25 out, 2016 Lisboa 16:52
    Como é do conhecimento geral a guerra na Guiné foi muito dura. Exceptuando os Comandos Africanos a tropa especial metropolitana Comandos, Páras e Fusos tinham o mesmo nivel operacional e todos cumpriram de igual modo o seu dever apesar de actuarem muitas vezes com meios, com formas e em terrenos distintos. Todos tiveram os seus mortos e honra se lhes deve prestar. Penso que em tempo de paz continuam a manter todos o mesmo nivel operacional. Sendo assim é imperioso saber qual a razão porque é que nos cursos dos Páras e dos Fusos não se verificam os "acidentes" que se verificam nos Comandos. Alguém ao mais alto nivel no exercito tem que responder por isto. Não se podem culpar os faxineiros e muito menos o sol, o calor, a terra e sei lá mais o quê.

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