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Mortes nos comandos. Dois arguidos com termo de identidade e residência

25 out, 2016 - 18:05

Em causa estão "suspeitas da prática de crimes de omissão de auxílio" e de "abuso de autoridade por ofensa à integridade física".

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Dois enfermeiros militares foram esta terça-feira constituídos arguidos no caso das mortes nos comandos. Vão aguardar o desenrolar do processo em liberdade, com a medida de coação mais leve de termo de identidade e residência (TIR).

Foram questionados esta tarde no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), em Lisboa, mas optaram por manter o silêncio.

"Concluídos os interrogatórios, que foram conduzidos pelo Ministério Público, os arguidos ficaram sujeitos à medida de coacção de termo de identidade e residência", avança a Procuradoria-Geral da República (PGR), em comunicado.

O Ministério Público adianta que, até ao momento, "o processo não tem quaisquer outros arguidos" e que as "investigações prosseguem".

De acordo com a PGR, em causa estão "suspeitas da prática de crimes de omissão de auxílio" e de "abuso de autoridade por ofensa à integridade física".

Os dois arguidos são enfermeiros, um sargento e uma furriel, que prestaram assistência ao 127.º curso de comandos durante o treino fatídico.

Dois militares morreram na sequência do treino na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que teve início no dia 4 de Setembro, e vários outros receberam assistência hospitalar.

Além do processo interno de averiguações aberto pelo Exército, que ditou até ao momento dois processos disciplinares, as mortes estão ainda a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Militar.

Para além deste inquérito, decorre uma inspecção técnica extraordinária que incide sobre os referenciais do curso e o processo de selecção.

Até estar concluída essa inspecção, está suspensa a realização de mais cursos de comandos.

O processo de averiguações às circunstâncias da morte de dois instruendos no início do 127.º curso de Comandos "é de natureza secreta até à acusação", segundo o porta-voz do Exército.

[notícia actualizada às 21h28]

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  • Herminio
    28 out, 2016 Leiria 19:02
    E o Sr. Ministro, CEME, Cmdt comandos e instrutores, tem condições para continuar. O BE e o PCP, não pedem demissão de ninguém ? e os outros partidos, também não? então está tudo bem..
  • ADISAN
    26 out, 2016 Mealhada 19:08
    Também não posso estar de acordo com esta pseudo-justiça. Não conheço nenhum dos arguidos e nem outros que o deviam ser, mas a verdade é que é fácil saber-se que as fontes responsáveis por tudo isto, são aqueles que têm o poder de comando para darem ordens. Os enfermeiros, classe de Sargentos, certamente que cumpriram ordens. Se mais não fizeram, foi porque não tinhas ordens para tal. Quem levou os dois cadetes a tal situação, incluindo sobretudo oficiais, é que deviam assumir as suas responsabilidades perante a Justiça, seja ela civil ou militar1
  • zemanel
    26 out, 2016 Lx. 00:36
    Mas foram todos levar porrada para a enfermaria, mal nutridos e desidratados, pelos visto não haveria macas, tiveram de se arrastar (rastejar) até ao transporte, demita-se o responsável máximo por toda esta bajunça e tentativa de real embuste
  • octávio moutinho
    25 out, 2016 Queluz 22:46
    Em relação a este triste desfecho que todo o ser humano lamenta, mas que tem que haver responsáveis, as culpas recaem sempre no mais pequeno da hierarquia, não sei porquê, pois penso que o primeiro responsável de toda esta tragédia é o Senhor doutor, porque é ele que tem a formação, o conhecimento e poder de decisão, e não os enfermeiros, pois estes seriam responsáveis sim, se não houvesse médico, portanto de uma vez por todas atribua-se as culpas a quem devem ser imputadas.o
  • Jose Costa
    25 out, 2016 lisboa 22:33
    Em relação a este triste desfecho que todo o ser humano lamenta, mas que tem que haver responsáveis, as culpas recaem sempre no mais pequeno da hierarquia, não sei porquê, pois penso que o primeiro responsável de toda esta tragédia é o Senhor doutor, porque é ele que tem a formação, o conhecimento e poder de decisão, e não os enfermeiros, pois estes seriam responsáveis sim, se não houvesse médico, portanto de uma vez por todas atribua-se as culpas a quem devem ser imputadas.
  • porque será?
    25 out, 2016 Santarém 22:23
    Estes pelos vistos colaboradores na retaguarda dos acontecimentos estão já sob alçada da justiça, quem deu ordens ao ponto de chegar a tais crimes pelos vistos resta saber ainda os nomes embora pareça fácil a qualquer simples cidadão lá chegar.
  • Jaams
    25 out, 2016 Porto 22:12
    Então oficiais e sargentos dão lhe no corpo e agora os enfermeiros é que têm culpa Coisa mal contada
  • paulo cardoso
    25 out, 2016 lisboa 21:57
    Como ex-enfermeiro militar é penoso ver que o poder politico precisa, de bodes expiatórios para este e muitos outros casos , calhou em sorte aos enfermeiros, VIVA ESTA REPUBLICA DAS BANANAS.
  • Jaime Neves
    25 out, 2016 Ponta Delgada 21:40
    Parem de vez com esta palhaçada dos Comandos, até porque (felizmente) nem estamos em guerra com ninguém, quem somos nós num cenário de guerra com qualquer País, já lá vai o tempo em que os turras apareciam a gritar de peito aberto ás balas, os comandos apenas servem para tirar a vida a jovens que não tem outra saida senão ingressarem na tropa.
  • Pinto
    25 out, 2016 Custoias 21:23
    Isto não vai dar em nada, a classe médica está protegida, gente a morrer por diagnósticos mal feitos e erros em cirurgias mal feitas acontece todos os dias.

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