Adjunto de António Costa demite-se por causa de licenciatura

25 out, 2016 - 23:05

Rui Roque disse que era licenciado, mas apenas completou quatro cadeiras, apurou o "Observador". Primeiro-ministro já aceitou o pedido.

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Rui Roque tomou posse em Janeiro. Foto: DR

Um assessor do primeiro-ministro, António Costa, apresentou esta terça-feira a demissão na sequência de notícias sobre irregularidades no seu currículo, avança o jornal “Observador”.

Segundo fonte oficial de São Bento, a demissão de Rui Pedro Lizardo Roque, de 37 anos, "foi aceite" pelo primeiro-ministro.

Rui Roque disse que era licenciado em Engenharia Electrotécnica pela Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), mas apenas completou quatro cadeiras, segundo apurou o "Observador".

Para trabalhar no gabinete do primeiro-ministro, o antigo elemento da Juventude Socialista não tinha que ter formação superior, mas a nota de nomeação para o cargo de assessor refere que é licenciado.

Rui Roque desempenhava as funções de adjunto para os Assuntos Regionais no gabinete de António Costa. Preparava as visitas do primeiro-ministro dentro do país.

Tinha sido nomeado em Janeiro deste ano.

O antigo militante da Juventude Socialista e dirigente associativo esteve envolvido na organização das campanhas nacionais do PS para as eleições legislativas de 2011, na fase final da liderança de José Sócrates, e em 2015, nesta já com António Costa no cargo de secretário-geral dos socialistas.

Na Granja do Ulmeiro, Soure, de onde é natural, Rui Roque é membro da Assembleia de Freguesia, tendo sido eleito pelo PS as eleições autárquicas de 2013.

Segundo o "Observador", na segunda-feira, após ter sido confrontado com dúvidas sobre a conclusão da sua licenciatura na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, eliminou várias fotos e referências que eram públicas no seu perfil no Facebook.

Na sua página naquela rede social, o ex-assessor de António Costa exibia a seguinte citação de Mark Twain: "É mais fácil enganar as pessoas do que convencê-las de que elas foram enganadas".

Pedido aceite

O primeiro-ministro aceitou na terça-feira o pedido demissão do seu adjunto para os Assuntos Regionais. A decisão de António Costa foi transmitida à agência Lusa por fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro.

O pedido de demissão foi entregue a meio da tarde e aceite ao início da noite, logo que António Costa regressou a São Bento.

[notícia actualizada às 07h08]

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Comentários

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Pinto
01 nov, 2016 Custoias 22:39
Não à ninguém que se aproveite neste país? Mentiras, incompetência e corruptos está o país cheio. Mas mal por mal prefiro aqueles que repuseram os feriados retirados por gente desumana e sem escrúpulos.
Rumalete
28 out, 2016 famalicao 19:14
GERINGONÇAS !!!! 26 OUT, 2016 LX 10:35. tambem e desta prenda que falas? http://rr.sapo.pt/noticia/57943/miguel_relvas_perde_a_licenciatura
Rumalete
28 out, 2016 famalicao 19:05
Como homem honesto, que amostra ser, demite-se, bem ele e do partido socialista, se fosse do PSD, so em tribunal, e i i i i iamos ver .
paulo
26 out, 2016 soure 21:54
Este sr pertence a conselho a do PS de Soure , e conhcido como o 'Farras'anfou 10 años para tirar um licenciatura e nunca passou do quarto ano
luis
26 out, 2016 coimbra 18:38
Vai estudar, Roque!
Judite Gonçalves
26 out, 2016 Barreiro 15:59
Este é o país dos doutores. Não dos doutores que cuidam e tratam doentes, mas dos doutores e engenheiros, arquitetos ou advogados que apenas passaram pela faculdade, ou nem lá puseram os pés, mas ganharam um diploma, ou pelo menos umas linhas a dizer que são o que não são. Desde quando é que para se ser político é exigido que tenha esta ou aquela licenciatura? Desde quando é que a licenciatura torna a pessoa mais ou menos competente? Mais ou menos integro? Dizer que se tem está na moda. Mas depois lá vem alguém dizer que afinal não tem. E como se dizia lá na minha terra quem não tem não toca. Porque neste país nem sempre ter ou não ter licenciatura conta, conta ter amigos, conhecidos, cunhas o pagar ao cota no fim do mês ao partido A, B, ou C. Não interessa, o melhor é estar lá, pagar a cota ao partido que têm acesso ao puder, seja que tipo de puder for. Por isso, para que colocar no curriculum, habilitações que não se têm? Se pelo menos contassem as habilitações que temos. Para uns conta as habilitações que não têm para outros nada conta. Tudo depende dos amigos que se tem ou não tem. A Amizade é um sentimento muito bonito, se nós tivéssemos a mesma oportunidade não a íamos recusar, nem íamos reclamar por isso. Mas por favor, sejam pelo menos sinceros e façam o mínimo esforço para tentar pelo menos algumas vezes ser justos. Caso contrário bem que podemos dizer que realmente vivemos não “república das bananas” e para quem gostar não haja dúvidas que é bom, mas e para os
K
26 out, 2016 Beja 11:50
O dito elemento demitiu-se porque mentiu....... Não foi por causa da licenciatura....!!!! O cargo pressupõe pessoas sérias e não pessoas licenciadas.....!!!!!
Maria
26 out, 2016 viana 11:15
O madraço frequentou 2 cursos (dois) e não concluir nenhum, quedando-se por quatro disciplinas - as mais fáceis certamente. A pergunta é: não haveria em Portugal alguém com mais perfil para o cargo? Que aptidões vislumbraram no rapaz?Ou seria por andar anos a fio a malandrar nas juventudes partidárias.
alguns
26 out, 2016 lis 11:05
são "licenciados" e resta saber como obtiveram esse grau académico! Há "madrinhas e padrinhos" que foram professores dessa gente, em universidades privadas e que se relacionam através de lugares na politica, até ao mais alto nível!...Não é por se ser licenciado que se é mais responsável e competente!
VIVA O XUXALISMO
26 out, 2016 Lisboa 11:04
O país deve exigir aos kamaradas Jerónimo, Mário Nogueira e o outro grevista profissional que façam uma vigília por este saneamento deste jovem turco, boy do PS, pois é mais um que vai engrossar a lista de desempregados do país a não ser que os geringonços lhe arranjem mais um taxito a ganhar € 3.500,00 por mês...Coisa pouca para este amigo do pantomineiro Costa....