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Curso de Comandos. Exército abre terceiro processo disciplinar

28 out, 2016 - 14:58

É um novo episódio do polémico 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no qual dois militares morreram.

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O Exército anunciou esta sexta-feira que instaurou um terceiro processo disciplinar a um militar envolvido na instrução do 127.º curso de Comandos, no qual morreram dois militares.

"Na sequência das averiguações conduzidas pelo Exército, informa-se que foi instaurado pelo Exmo. Tenente-General Comandante das Forças Terrestres um terceiro processo disciplinar a um militar interveniente na instrução do 127.º Curso de Comandos", anuncia o Exército numa nota enviada às redacções, na qual especifica que "os três processos foram instaurados a dois oficiais e um sargento".

Dois militares morreram na sequência do treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que decorreu no dia 4 de Setembro, e vários outros receberam assistência hospitalar.

No dia 20 de Outubro, o Exército já tinha anunciado que tinha aberto dois processos disciplinares por terem sido apurados "indícios da prática de infracção disciplinar" na sequência do processo de averiguações instaurado no âmbito do 127.º curso de Comandos.

No dia seguinte, questionado pela Lusa, o porta-voz do Exército, Vicente Pereira, confirmou que aqueles militares continuam a desempenhar as suas funções no 127.º curso, frisando que a suspensão de serviço é em si mesma "uma pena disciplinar passível de ser aplicada, nos termos do Regulamento de Disciplina Militar (RDM), no final do processo e em caso de acusação e condenação".

Além do processo de averiguações interno aberto pelo Exército as mortes estão ainda a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Militar.

Os dois enfermeiros militares ouvidos terça-feira, como arguidos, pelo Ministério Público, no inquérito à morte de dois alunos do curso de Comandos, ficaram com Termo de Identidade e Residência (TIR), anunciou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

O Instituto de Medicina Legal anunciou que o relatório da autópsia do jovem militar Dylan Silva foi enviado esta sexta-feira ao DIAP de Lisboa, um dia após a entrega do resultado da autópsia de Hugo Abreu ao Ministério Público.

Entretanto, a Ordem dos Médicos abriu um inquérito disciplinar para averiguar o envolvimento do médico escalado para os exercícios, na sequência dos quais dois militares morreram.

Para além deste inquérito, decorre uma inspecção técnica extraordinária que incide sobre os referenciais do curso e o processo de selecção.

Até estar concluída essa inspecção, está suspensa a realização de mais cursos.

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  • Augusto Ricardo
    28 out, 2016 s.Marcos 16:10
    Não basta querer ser...é preciso ter qualidades e capacidade, sobretudo audaces fortuna juvat.
  • José Gomes L
    28 out, 2016 Lisboa 15:31
    A verdade é que a esquerda portuguesa quer destruir a identidade portuguesa. Basta pensar que agora querem trazer uma aldeia do Iraque para cá. Não temos já pobres que cheguem?

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