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​Metro de Lisboa. Administração e trabalhadores assinam acordo após cinco anos de luta

28 out, 2016 - 15:28

Ultrapassada esta questão, os sindicatos dizem que subsistem outros problemas, como o desinvestimento na empresa ou regulamento de carreiras, mas esse diferendo é com o Governo “e não com o conselho de administração”.

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Depois de cinco anos de negociações e de dezenas de greves, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa aceitaram esta sexta-feira o acordo de empresa apresentado pelo conselho de administração.

“Estivemos em negociações até agora, desde a entrada deste novo conselho de administração. Apresentaram-nos uma proposta final, que levámos hoje a plenário e foi aprovada pelos trabalhadores”, disse à Renascença Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes (FECTRANS).

Ultrapassada esta questão, a sindicalista adianta que subsistem outros problemas, como o desinvestimento na empresa e o regulamento de carreiras, mas esse diferendo é com o Governo “e não com o conselho de administração”.

“O conselho de administração e os trabalhadores, creio que estamos em condições de poder celebrar o acordo de empresa pelo qual os trabalhadores tanto lutaram durante quase cinco anos”, sublinha Anabela Carvalheira.

A FECTRANS vai propor à administração do Metropolitano de Lisboa que o acordo de empresa seja assinado já na próxima reunião, marcada para 9 de Novembro.

Apesar desta decisão dos trabalhadores, a delegada sindical fez questão de "separar as águas" e assegurou que vão "continuar a lutar" por outros direitos.

"Os trabalhadores não têm aumentos desde 2007, nem progressão nas carreiras, tem de se fazer investimentos no Metro e o Governo tem de desbloquear a contratação colectiva", resumiu.

Afirmando que estas questões dependem do Orçamento do Estado, Anabela Carvalheira adiantou que vão participar nas acções que forem organizadas "para que o Governo perceba que os trabalhadores têm direito a ver melhoradas as condições de trabalho e da sua vida".

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