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​Metro de Lisboa promete melhorar serviço "a partir do fim do ano"

31 out, 2016 - 21:25 • Ana Carrilho

Em declarações exclusivas à Renascença, o presidente dos Transportes de Lisboa detalha o plano de reparação de comboios - 20% não estão a circular - e de contratação de trabalhadores.

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Os atrasos são constantes, os intervalos entre comboios maiores, o material circulante não transmite a segurança do passado, mas partir do fim do ano os passageiros vão começar a notar melhorias graduais no Metropolitano de Lisboa, promete o presidente da Transportes de Lisboa, Tiago Faria, em declarações exclusivas à Renascença.

"Existem perturbações na Linha Verde e Amarela. A espera poderá ser superior ao normal. Pedimos desculpas pelo incómodo causado". Este é o aviso mais ouvido em toda a rede de Metro de lisboa, com variantes: há alturas em que todas as linhas têm perturbações.

Quem anda nos comboios também já notou as travagens mais bruscas e que os intervalos de passagem se alargam, para não falar nas escadas rolantes que não rolam, nos elevadores que não sobem ou descem ou nas máquinas que não têm bilhetes.

Tiago Farias, presidente do conselho de administração da Transportes de Lisboa, admite que há problemas, provocados pela falta de investimento nos anos de intervenção da “troika”, mas, em declarações à Renascença, assegura que a partir de Dezembro os lisboetas já vão começar a notar diferença, para melhor.

“Houve nos últimos anos um forte desinvestimento nas empresas e nas suas infra-estruturas e nos recursos humanos: no universo Carris-Metro saíram mil pessoas. Neste momento estamos a repor o nível de disponibilidade e de serviço do material circulante, isso está a acontecer e contamos que a partir do fim do ano se note uma recuperação, e estamos num processo de contratação de mais recursos humanos, para que possamos ter depois o material circulante e os recursos humanos para oferecer um serviço de maior qualidade.”

O administrador com as áreas comercial e operacional, Luís Barroso, é mais preciso: 20% dos comboios do Metro de Lisboa não estão a circular. Tudo leva tempo, mas a manutenção deverá estar totalmente concluída daqui a dois anos.

“Temos 111 comboios, há 20 imobilizados. Estamos a prever que, a partir de Dezembro, comece a inversão do ciclo. Este número não vai piorar, vai começar a melhorar gradualmente. O problema não vai desaparecer de um momento para o outro, porque é consequência de cinco anos [de desinvestimento], sublinha Luís Barroso.

Questionado se não seria altura de começar a pensar em adquirir novo material circulante, o presidente responde que “não se justifica”. Tiago Farias diz que o Metro precisa é de mais maquinistas e que o recrutamento está em curso.

“Estamos num processo de contratação de 30 novos colaboradores e uma parte deles será para suprimir a necessidade em termos de maquinistas. O processo de contratação foi muito concorrido, houve mais de mil candidaturas para 30 vagas e é um processo que está a decorrer”, afirma o presidente da Transportes de Lisboa.

Trata-se de um processo de recrutamento externo para outras funções no Metro, que não a de maquinista. A prática é que os maquinistas sejam escolhidos entre os trabalhadores que já pertencem à empresa, porque a formação de maquinistas também é demorada, justifica Tiago Farias.

Comentários
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  • ISABEL SERRANO
    10 nov, 2016 Lisboa 19:44
    Uma vergonha!O serviço que presta aos seus utentes!No Rato estão avariadas as duas escadas rolantes que descem já à muito tempo agora para ajudar avariou o elevador. Vejo pessoas de idade que não podem usar o metro por todas estas avarias!!Até quando não sabemos..Eu todos os dias uso o metro e estou muito desiludida.
  • Marcos Martins
    03 nov, 2016 Lisboa 21:13
    Se o capitalista Tiago Farias tivesse um pingo de dignidade e usasse o ML em vez dos brutos topos de gama que possui, não faria declarações obscenas nem falaciosas. Todo o material circulante precisa de ser substituído ainda em 2017 porque é da década de 90 e produz intenso ruído altamente prejudicial à saúde estando bastante degradado, podendo colapsar pela fadiga do material além de que os interiores estão bastante consumidos desde os assentos até aos sistemas eléctricos. Além disso, as estações estão nojentas e sebosas pela falta regular de desinfecção e limpeza dos pavimentos e escadas rolantes. Como se não bastasse, não há segurança contra incêndio nas estações pela falta de extintores, sinaléctica adequada e controlo de fumos na maioria das estações que também não têm vigilância humana nos postos locais de emergência. A tudo isto soma-se múltiplos postos de atendimento e venda durante quase todo o dia fechados por falta de profissionais, sabendo-se já que os recrutamentos actuais não são nem sequer suficientes para garantir o mínimo de reposição dos que se aposentaram. Ainda para mais quando há tapetes e escadas rolantes sistematicamente avariados porque nunca foram substituídos não havendo gestão nem manutenção periódicas. Os culpados são a Administração e o Governo, ambos andam de rabinho tremido à pala dos impostos dos trabalhadores e só fazem alguma coisa quando há eventos internacionais em Portugal para não passarem a maior vergonha e decapitação europeia e mundial
  • Maria Manuela Nunes
    02 nov, 2016 Queluz 11:35
    Se fossem só as composições avariadas... E as escadas rolantes que não rolam e os horários cada vez mais espaçados e as composições só com metade do tamanho mesmo em dias de trabalho?
  • António
    01 nov, 2016 Portugal 18:06
    O que se passa no metro é consequência de políticas erradas. Devia ter sido privatizado, mas o pcp não quis e o costa para manter o poder aceitou. É sempre assim, os Portugueses que se lixem.
  • Portugal
    01 nov, 2016 Portugal 11:09
    Porque razão o governo socialista de Sócrates, autorizou a TAP a comprar a empresa brasileira VEM, empresa que estava falida? Nos últimos 10 anos, a VEM deu 500 milhões de euros de prejuízo à TAP. É um negócio muito estranho e incompreensível. Será que não houve pessoas em Portugal a "beneficiarem" com esta decisão? E o Partido Socialista, não "beneficiou" com esta decisão?
  • Pedro Dias
    01 nov, 2016 Chaves 10:59
    A CGTP-PCP, que está sempre preocupada com os utentes dos transportes públicos, deixou de convocar greves na Transtejo, CP, Carris, Metro do Porto e STCP. Agora, a CGTP e o PCP, apoiam o governo socialista, já não estão preocupados com a qualidade do serviço prestado aos utentes, nem com os seus trabalhadores. Mas, tudo não passa de mera coincidência.
  • João Vieira
    01 nov, 2016 Lisboa 08:37
    Aqui está um exemplo de má gestão: corrigir os problemas só depois de eles se fazerem sentir e prejudicarem os clientes. Porquê tanta asneira? Os gestores do Metro não merecem o que ganham. Publiquem a tabela salarial do Metro (e já agora também da Carris).
  • Carlota
    01 nov, 2016 Constância 08:07
    Bolas! Já lá vai 1 ano desde que este governo tomou posse e ainda se desculpam com o anterior para tudo o que está mal.
  • Madala
    01 nov, 2016 Évora 07:58
    Vão começar a trabalhar à privado? Já não era sem tempo.
  • Bernardo
    01 nov, 2016 Seixal 07:48
    Podiam melhorar também a carris que está uma miséria

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