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Ministro da Educação desmente ter impedido demissão do chefe de gabinete

01 nov, 2016 - 22:09

Tiago Brandão Rodrigues reafirmou que não sabia da polémica das duas licenciaturas falsamente declaradas por Nuno Félix, de quem é amigo.

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O ministro da Educação negou esta terça-feira que tenha impedido a exoneração do chefe de gabinete que declarou duas licenciaturas falsas, tal como havia sido afirmado pelo anterior secretário de Estado do Desporto, João Wengorovius Meneses.

Em entrevista ao canal de televisão SIC, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, contrariou as afirmações do seu antigo secretário de Estado, que se demitiu em Abril em colisão com o ministro e as políticas do ministério, desmentindo que alguma vez tenha impedido a exoneração de Nuno Félix, o chefe de gabinete que se demitiu na sexta-feira depois de ser conhecido que declarou duas licenciaturas falsas.

"Em nenhum momento pedi que não exonerasse o seu chefe de gabinete", disse Brandão Rodrigues, sobre as afirmações de Wengorovius Meneses ao jornal Observador, que avançou a notícia das licenciaturas falsamente declaradas.

O Observador avançou que Wengorovius Meneses terá comunicado a Brandão Rodrigues a intenção de exonerar Nuno Félix, mas terá sido o ministro a impedir que isso acontecesse, uma versão que o ministro desmentiu.

Questionado sobre se via o caso como "um ajuste de contas" na sequência da demissão polémica de Wengorovius Meneses do seu ministério, Brandão Rodrigues disse apenas estar "absolutamente tranquilo".

Sobre o pedido de demissão apresentado pelo CDS-PP na sequência da polémica, o ministro disse tê-lo encarado com "muita tranquilidade e serenidade".

Brandão Rodrigues negou ainda qualquer ingerência no trabalho de outros governantes, ainda que tenha sublinhado que é ele quem ocupa o cargo de ministro e que o Ministério da Educação tem um programa de Governo a cumprir. Reafirmou também que não sabia da polémica das duas licenciaturas falsamente declaradas por Nuno Félix, de quem é amigo.

"Disse imediatamente que não sabia. Mantenho e reafirmo", disse o ministro.

Corte?

Relativamente ao Orçamento do Estado (OE) para 2017 para a Educação, e a recente polémica sobre o corte de verbas em cerca de 170 milhões de euros para este ministério quando comparada a execução orçamental de 2016 com a dotação prevista para 2017, Brandão Rodrigues afirmou que se está a comparar "dois valores incomparáveis".

Já na discussão do OE2016 a mesma questão se tinha levantado, e já então a tutela tinha defendido que só se podem comparar orçamentos iniciais com orçamentos iniciais, e execução orçamental com execução orçamental.

Sublinhando que “devemos comparar o que é comparável”, afirmou que em termos de orçamento inicial, as verbas para a educação crescem em 2017 3,1% face a 2016.

Disse ainda que “tradicionalmente, a educação tem tido um reforço de verbas ao longo do ano”, recusando qualquer necessidade de revisão dos valores orçamentados em sede de discussão na especialidade do OE2017.

[notícia actualizada às 11h00]

Comentários
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  • Pinto
    02 nov, 2016 Porto 22:07
    Qual foi a época dos mais e maiores corruptos e ladrões de colarinho e gravata? Este povo anda mesmo cego.
  • joao almeida
    02 nov, 2016 portugal 09:38
    este paraquedista sabe alguma coisa do que se passa no ME ? não este é dos tais que é ministro por ser amigo do costa e este falso licenciado tinha este tacho por ser amigo dele e nao pela capacidade pessoal que o chefe não conhecia....quem nunca foi professor ou esteve numa escola com cargo de chefia não pode ser ministro da educação
  • Americo
    02 nov, 2016 Leiria 09:34
    Em 40 anos de democracia nunca vi tal coisa. Temos concerteza o que merecemos ter como ministro da educação um homem com este nível.l.
  • ze povinho
    02 nov, 2016 Lisboa 08:34
    Isto não acontecerá só na politica! Portugal estará cheio de gente que se faz passar por licenciado,só para consegui um bom posto de trabalho, poi se já foram appanhados falsos médicos e falsos padres, imginem lá então, em profissões mais vulgares? E mesmo aqueles que são mesmo licenciados, são uns teóricos ôcos que tiram cursos em universidades de qualidade duvidosa e isso, nota-se muito entre politicos!
  • Alex
    02 nov, 2016 Braga 08:26
    MAS ALGUEM . NESTE PAÍS. ACREDITA NUMA PALAVRA DITA POR ESTE MINISTRO.
  • Pedro
    02 nov, 2016 Régua 08:18
    Eis a praga amarela dos colégios privados a tentar correr com o MELHOR ministro deste Governo. Doí-lhes a carteira, logo vale tudo.
  • Manuel Silva
    02 nov, 2016 Pombal 07:59
    Sendo dos que ainda pensa que vale mais uma geringonça a petróleo que um Ferrari movido a energia nuclear pilotado pelo Mamede, começa a ser preocupante conhecer os amigos destes governantes, pois um destes dias ainda nomeiam para um qualquer cargo algum daqueles rapazes das Portas de Santo Antão que são exímios na arte de bem burlar qualquer otário. O ministro Brandão não deve ter nascido em Portugal, ou então foi sempre um marrão que não teve tempo de andar lá pela aldeia dele onde aprenderia que o POVO diz que "Diz com quem andas e dir-te-ei quem és." e como os amigos não se fazem eu jamais os teria assim.
  • António Gonçalves
    01 nov, 2016 Pombal 23:04
    Na minha vida profissional sempre tentei que determinadas decisões, informações e outras interligações com membros acima ou ao mesmo nível do organigrama, ficassem documentadas. Será que o antigo secretário de Estado não pode provar que avisou o ministro ou que recebeu nega acerca das falsas licenciaturas?
  • radar
    01 nov, 2016 Porto 22:45
    É amigo ! E não sabe que o sujeito não tem licenciatura nenhuma ? Ou não é amigo,(o que é pouco provável uma vez que o chamou paro governo) ou está a mentir com quantos dentes tem na boca .... Com gente desta vamos longe ....

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