07 nov, 2016 - 16:12 • Paula Costa Dias
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) deu esta segunda-feira eco da preocupação da Igreja relativamente à chamada ideologia do género.
No discurso de abertura da assembleia plenária de Novembro, que começou esta segunda-feira em Fátima, D. Manuel Clemente assegurou que a Igreja portuguesa redobrará “certamente os esforços para consciencializar a todos sobre o que está em causa”.
O patriarca de Lisboa lembrou a carta pastoral do Papa sobre o tema, de 14 de Novembro de 2013, e o que o Papa Francisco disse no mês passado em Tiblisi, Geórgia, sobre o assunto.
Considerando a teoria do género “um grande inimigo actual do casamento”, o Papa Francisco acrescentou que “hoje está em acto uma guerra mundial para destruir o casamento. Hoje existem colonizações ideológicas que o destroem, não com as armas, mas com as ideias. Por isso, é preciso defender-se das colonizações ideológicas”.
Outro assunto que volta a preocupar os bispos é a eutanásia. Lembrando a nota pastoral de 8 de Março deste ano, D. Manuel Clemente citou o Papa Francisco na recente exortação apostólica “Amoris Laetitia”.
Para o Papa, “a eutanásia e o suicídio assistido são graves ameaças para as famílias, em todo o mundo”. “A Igreja, ao mesmo tempo que se opõe firmemente a tais práticas, sente o dever de ajudar as famílias que cuidam dos seus membros idosos e doentes”, disse Francisco.
D. Manuel Clemente citou ainda a recente declaração de cinco bastonários da Ordem dos Médicos, que condena a eutanásia, o suicídio assistido e a distanásia por representarem “uma violação grave e inaceitável da ética médica”.
Considerando que “as actuais circunstâncias sociais e mediáticas exigem uma partilha de reflexões e esforços coincidente com a intercomunicação generalizada”, D. Manuel Clemente manifestou a “convicção de que os nossos trabalhos são da maior relevância” para a Igreja.