08 nov, 2016 - 10:06 • Teresa Abecasis
Foi muito difícil circular na Linha Vermelha esta terça-feira de manhã. A reportagem da Renascença começou a viagem por volta das 8h30, na Linha Verde. Antes de conseguir entrar no Metropolitano, foi necessário deixar passar três composições.
Na Vermelha os comboios circulavam com seis carruagens, mais três do que na Verde. Ainda assim não era suficiente. Até às 9h15 o metro passava com intervalos de mais ou menos 10 minutos. Depois passou para três ou quatro minutos.
Mas a plataforma continuava a ficar cheia, dezenas de pessoas ficam de fora. Entre os utilizadores vêem-se muitas pessoas que vão para a Web Summit, estrangeiros com mala pronta para ir para o aeroporto, mas também muitos habitantes de Lisboa, pais com crianças jovens de mochila a caminho da escola.
Só por volta das 10h00 é que a situação começou a melhorar com a diminuição dos tempos entre comboios, mas continuaram a ficar muitas pessoas de fora. E dentro do metro é como uma lata de sardinhas.
O segundo dia da Web Summit arranca com as apresentações de vendas ("pitch") de várias empresas embrionárias ("startups") vindas de todo o mundo, espalhadas por vários palcos.
O dia no Meo Arena e na Fil será preenchido por dezenas de apresentações, debates, conferências, sobre variadíssimos temas, todos eles com um pano de fundo em comum, o futuro e a tecnologia.
Mais de 50 mil pessoas, entre empreendedores, "startups" e investidores de topo vão encontrar-se na Web Summit durante 4 dias.
A cimeira tecnológica que nasceu em 2010 na Irlanda, e que se realiza pela primeira vez em Portugal, vai manter-se em Lisboa até 2020 e poderá prolongar-se por mais dois anos, havendo uma expectativa de retorno financeiro na ordem dos 175 milhões de euros para a edição de 2016.
Entre os mais de 50 mil participantes estarão 7.787 portugueses. Além dos que vêm da área tecnológica, a curiosidade é que muitos são de sectores tradicionais como retalho, construção, escritórios de advogados e agricultura.