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Ministro da Saúde. Ninguém ficará sem exame em tempo útil, dentro ou fora do SNS

14 nov, 2016 - 15:39

É o objectivo do Governo a partir de 2017. Ministro promete afastar gestores hospitalares que não trabalhem "de forma correcta".

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O ministro da Saúde garantiu esta segunda-feira que, a partir de 2017, nenhum cidadão ficará sem um exame médico em tempo útil, dentro ou fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ficando a despesa a cargo do hospital que gerar a lista de espera.

Adalberto Campos Fernandes falava em resposta aos deputados das comissões parlamentares do Orçamento e da Saúde, onde está a ser debatido na especialidade o Orçamento do Estado para 2017.

Segundo o ministro, até ao final deste ano deverá ser publicada a portaria que regula os Tempos Máximos de Resposta Garantida (TMRG) que deverá, pela primeira vez, contemplar os meios de diagnóstico e terapêutica.

Os hospitais ficarão responsabilizados pela realização dos exames e, no caso em que não os assegurem em tempo útil, deverão garantir que os mesmos se realizem, dento ou fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a custas do hospital do utente.

“Não poderá haver em Portugal uma pessoa que, tendo a indicação para fazer um exame, que pode ser determinante para o seu futuro, deixe de fazê-lo, dentro ou fora do SNS, ficando a cargo do hospital que gerou a lista de espera”, disse o ministro.

Afastar gestores hospitalares que não trabalhem "de forma correcta"

No final da sessão, o ministro da Saúde revelou, em declarações aos jornalistas, que, a partir do próximo ano, os gestores hospitalares que não cumpram os contratos-programa e não façam o seu trabalho de "uma forma correcta" serão afastados.

Segundo o ministro, os gestores hospitalares são os primeiros a defenderem uma avaliação "independente e idónea" ao seu desempenho, que deverá arrancar no próximo ano.

Questionado sobre o que acontecerá se o trabalho do gestor hospitalar não for considerado correcto, o ministro disse que este será afastado.

No final de um debate que demorou mais de cinco horas, o ministro pormenorizou sobre o programa de reequipamento hospitalar que avançará em 2017 e que deverá levar à substituição de dezenas de equipamentos, nomeadamente biomédicos e tecnológicos.

Para tal, deverão ser despendidos verbas de 70 a 80 milhões de euros por ano, durante os próximos três anos.

Sem este investimento, afirmou, não é possível um SNS atractivo e moderno.

Em relação à proposta do Bloco de Esquerda de atribuir gratuitamente os medicamentos genéricos aos idosos que usufruem de complemento solidário para idosos, o ministro disse que a mesma terá de ser "ponderada".

Médicos e enfermeiros pessimistas

O Bastonário da Ordem dos Médicos tem sérias dúvidas de que seja possível o Governo cumprir a promessa.

José Manuel Silva teme que seja mais uma forma de financiar o sector privado.

O sindicato dos Enfermeiros junta-se às dúvidas do bastonário da Ordem dos Médicos. Guadalupe Simões tem dúvidas de que seja possível cumprir a promessa.

[Notícia actualizada às 00h22]

Comentários
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  • Vera
    16 nov, 2016 Palmela 02:46
    pois é!
  • graciano
    15 nov, 2016 alemanha 13:45
    o que e tempo util serao 30 minutos 30horas 30dias ou 30 anos
  • Fernanda Correia
    14 nov, 2016 Cartaxo 18:03
    Senhor ministro talvez por andar mal acompanhado já ganhou os tiques que tudo está bem e melhor com a geringonça.Mas olhe! Há dois dias tive que ir ás urgências de um hospital distrital com um amigo.Devo dizer-lhe que já fui muitas vezes ás urgências com amigos e familiares,mas apanhar o que vi, nunca igual ou parecido.Médicas poucos e só estrangeiiros,pessoal de enfermagem poucos, pessoal auxiliar algum, mas parecia desorientado.Questionei porque razão não havia médicos Portugueses,disseram-me que não lhe pagavam e por isso só faziam as horas indispensáveis e mais,os médicos mais velhos esses querem ver chegar a hora da reforma,porque não estão para aturar esta desordem, falta de meios,dinheiro não chega e materiais faltam de tudo. Sim senhor! bonito serviço nacional de saúde que o PS foi um dos pais e agora os deixa à sua sorte.Ó senhor Doutor o senhor que é médico necessita muito de se ver confrontado com esta miséria de assistência ao utente.Se o partido(s) ou seja PS, PCP, BLOCO,VERDES e PEV acham que tudo está bem e se calam com as cativações que o sr ministro das finanças faz para ficar bem na fotografia em Bruxelas, cá os Portugueses não têm assistência devida quando vão a uma urgência ou internamento(aqui apanham infecções que ás vezes são letais) é do pior, nunca vi assim.Só por promessa é que um profissional de saúde , ou por razões politicas ou de ambição pessoal, aguenta ser ministro de uma área que até tirou um curso para dar saúde e vida a um seu concidadão.

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